DA REPORTAGEM LOCAL

Mais uma vez a iminência de uma guerra internacional voltou a influenciar o mercado brasileiro. O dólar subiu 0,39% e fechou cotado a R$ 3,601. O Ibovespa, índice que mede a variação dos 54 papéis mais negociados na Bolsa, se desvalorizou em 0,6%.
O C-Bond, que ficou em baixa durante a maior parte do dia, fechou em alta de 0,43%. Segundo analistas, o rebaixamento da recomendação dos títulos da dívida brasileira de "overweight" (acima da média) para "market weight" (na média do mercado) feito ontem pelo UBS Warburg foi um dos motivos para a queda observada inicialmente. Entretanto, a pequena recuperação das Bolsas internacionais voltou a trazer investidores para o papel brasileiro.
A insistência dos EUA em atacar o Iraque e o discurso na Câmara dos Comuns do primeiro-ministro britânico, Tony Blair, trouxe tensão aos investidores.
Além disso, as notícias de que a Coréia de Norte poderá fazer novos testes de mísseis no mar do Japão e de que um avião espião dos EUA havia invadido o espaço aéreo do país por quatro dias trouxeram especulações de que o próximo alvo de George W. Bush será o presidente norte-coreano.
Os analistas de mercado acreditam que a alta do dólar poderia ter sido maior, se o otimismo não fosse predominante no ambiente interno. Segundo eles, as notícias negativas referentes à inflação são amenizadas com a atual política monetária do governo e as perspectivas de que as reformas saiam em breve do papel.
Na Bolsa, o pouco volume dos últimos dias e as operações de curtíssimo prazo têm preocupado os operadores.
A maior alta ontem foi a ação PNA da Braskem, que subiu 5,6%. A maior baixa ficou com a ON da Embratel, que caiu 6,7%.
Apesar da divulgação de um lucro líquido de R$ 137 milhões em 2002, contra um prejuízo de R$ 70 milhões no ano anterior, as ações PN da CST (Companhia Siderúrgica de Tubarão) fecharam com alta de apenas 0,46%. Segundo analistas, o motivo para a oscilação ter sido pequena foi a valorização de 13,9% neste ano.
A Bovespa divulgou ontem que o saldo de investimentos estrangeiros na Bolsa de São Paulo foi positivo em R$ 244,6 milhões, nos 20 primeiros dias deste mês. No ano, esse valor sobe para R$ 484 milhões.
(GEORGIA CARAPETKOV)


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