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São Paulo, quarta-feira, 26 de fevereiro de 2003

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O VAIVÉM DAS COMMODITIES

Safra derruba...
A chegada da safra de verão começa a derrubar os preços dos principais produtos colhidos nesta época do ano: arroz, milho e soja. Apesar dessa queda, os preços ficarão bem distantes dos praticados no mesmo período do ano passado.

...preços do arroz...
A entrada no mercado do arroz da nova safra fez os preços do produto recuarem para R$ 26 a saca em casca no Rio Grande do Sul. Nos últimos 30 dias, a queda é de 5%, conforme acompanhamento da Folha. Há um ano, no entanto, a saca de arroz era comercializada a R$ 16.

....e chega ao milho
Lentamente, os preços do milho também começam a ceder. Ontem, os preços médios registrados pela Folha eram de R$ 21 por saca, mas em algumas regiões produtoras, a saca já recuou para R$ 19,50. Há um ano, a saca de milho era negociada a R$ 11,30. As exportações seguram os preços.

Fundos derrubam café
O café voltou a cair ontem nos mercados interno e externo. A saída dos fundos de investimentos em busca de outras commodities mais rentáveis no momento fez o produto recuar 2,2% ontem em Nova York. No Brasil, após atingir R$ 210 há duas semanas, a saca estava ontem a R$ 189 em Minas Gerais.

Na contramão
Apesar da safra das águas, o feijão mantém alta. Ontem, os preços voltaram a superar R$ 100 por saca para o produto de melhor qualidade, com alta de 6% no dia. O excesso de chuva atrapalhou a produção.

Bunge troca EUA pelo Brasil
A Bunge Limited reduzirá o ritmo de produção da planta de processamento de soja em Illinois (EUA). O avanço da safra e os custos menores no Brasil são os atrativos para a multinacional diminuir o ritmo por lá e aumentá-lo por aqui.

Trimestre gordo
A Bunge Brasil teve lucro líquido de R$ 780 milhões no quarto trimestre do ano passado. Mesmo assim, a empresa fechou 2002 com prejuízo de R$ 333 milhões, devido aos maus resultados até setembro provocados pela desvalorização do real.

1ª no ranking
O faturamento da Bunge foi de R$ 13 bilhões, o que garantiu à empresa a posição de liderança no agronegócio. As vendas externas somaram US$ 1,5 bilhão, engordadas pelas exportações de soja em grãos, óleo e farelo de soja, fertilizantes e proteínas de soja.

No segundo semestre
O Brasil poderá iniciar exportações de carnes bovina, suína e de frango para a China no segundo semestre. José Amauri Dimarzio e uma missão chinesa discutiram detalhes ontem. O Brasil também importará alimentos dos chineses, principalmente frutas (maçã, pêra e lichia) e cereais (trigo).

Garantir presença

A Rússia quer garantir neste ano a mesma presença que teve nas exportações mundiais em 2002, quando vários países tiveram quebra de safra. Rússia, Ucrânia, Austrália e Canadá serão fortes concorrentes no mercado de trigo.

E-mail:
mzafalon@folhasp.com.br


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