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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Economista propõe ao BC um choque de redução de juros
Assim como as reservas internacionais devem chegar a
US$ 100 bilhões, são grandes
também as chances de o dólar
furar o piso de R$ 2, apesar de
todo o esforço do Banco Central para evitar essa marca. Na
semana passada, o dólar ficou
abaixo de R$ 2,10.
São poucas as alternativas
para reverter essa situação.
Não se imagina que o governo
adote, por exemplo, a centralização do câmbio. O próprio ministro Guido Mantega já negou
essa possibilidade.
A única saída, para o economista Alex Agostini, da Austin
Rating, é que o BC faça um choque de juros para baixo. Em vez
de cortes na Selic de 0,5 ponto,
ele sugere uma redução de um
ponto percentual.
Só isso, a seu ver, poderia desestimular, pelo menos em parte, o ingresso maciço de capital
estrangeiro no Brasil em busca
de aplicações mais rentáveis.
Vale lembrar que os investimentos externos são isentos de
impostos nas aplicações em títulos públicos.
Ao defender o choque de juros para baixo, Agostini se baseia no fato de a inflação não representar hoje nenhum risco
de descontrole. Segundo seus
cálculos, a renda ainda precisaria crescer muito mais para
pressionar o consumo. Entre
1998 e 2004, a renda registrou
uma queda de 22% e, nos últimos dois anos, cresceu pouco
mais de 6%, o que significa que
ainda há um espaço enorme para se expandir.
Ao mesmo tempo, o dólar
baixo também evita uma alta de
preços na economia. A tendência é de a taxa se manter na faixa de 3% ao ano. "A espinha
dorsal da inflação foi quebrada,
e não se justifica o BC manter
essa inércia nos juros", diz.
O economista diz, no entanto, que não considera tão negativa a queda do dólar para a economia. O maior prejuízo é do
setor industrial exportador,
que perde competitividade em
relação aos seus concorrentes.
Mas, em contrapartida, obriga
as empresas a aumentarem a
produtividade e ainda buscar
novos mercados. O fato é que,
apesar da queda acentuada do
dólar, as exportações não param de crescer.
Brasileira e suíça miram em projetos corporativos
O escritório Moema Wertheimer Arquitetura acaba
de fechar parceria com o suíço Nüesch Development.
A dupla se uniu para
"identificar vocações" de
áreas livres e buscar investidores corporativos para implantar projetos imobiliários no Brasil.
"A fusão vai aproveitar o
interesse de investidores
que já são parceiros do
Nüesch. Eles se empolgaram
com o Brasil", afirma Moema Wertheimer.
Na Suíça, o Nüesch tem
como parceiros de investimentos os bancos UBS e
Credit Suisse.
Entre os trabalhos da arquiteta, estão escritórios para Roche, SAR Medicamentos, Abbot Brasil, Unilever,
Google e Nokia.
RECEITA MÉDICA
A Samcil, empresa de planos de saúde, já começou a inaugurar as unidades do seu plano de expansão de 2007. No primeiro semestre, serão investidos R$ 32 milhões, na Grande
São Paulo. O aporte inclui unidades hospitalares, nos bairros
da Lapa e do Butantã, hospitais em Osasco e Guarulhos, centros médicos e prontos-socorros na região do ABC. No segundo semestre, serão mais cerca de R$ 30 milhões, de acordo com Mauro Bernacchio, diretor-geral da rede, com a possibilidade de aquisição de uma concorrente. "Como nosso
público é de classe C e D, precisamos ficar bem capilarizados", diz. Em 2008, o plano da empresa é investir mais
R$ 60 milhões.
DUALIDADE
O economista Cézar Medeiros lança hoje o livro "A
Dualidade Contemporânea
no Brasil" (Associação Brasileira de Instituições Financeiras de Desenvolvimento), em que ele afirma
que o país já se encontra em
situação excelente para distribuir renda. Medeiros sugere caminhos para acelerar
a inclusão social no Brasil e
afirma que os desenvolvimentos social e econômico
não são fenômenos antagônicos.
DE MUDANÇA
A Paraty Investimentos quer reforçar sua atuação no mercado financeiro. A "asset management" vai mudar seu escritório
no Rio de Janeiro, do centro para o Shopping Leblon, a partir
de abril, e passará a ter um novo sócio, Marco Antonio François
Franklin, que será responsável pela gestão dos fundos Paraty.
Ele foi sócio da Plenus Gestão de Recursos e da ARX Capital
Management e CFO da Coinbra e do Banco Graphus.
DE GREGO
A Mistral acaba de iniciar importação do vinho produzido na
Grécia, que é conhecido como um país de pequenos produtores
que elaboram vinhos em pouca quantidade. O rendimento médio do país é menor que a metade da produção francesa ou italiana. Nessa primeira remessa, a Mistral trouxe vinhos dos três
principais produtores gregos da atualidade: Gerovassiliou,
Gaia Estate e Antonopoulos.
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