São Paulo, segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Próximo Texto | Índice

Mercado Aberto

guilherme.barros@uol.com.br

Economista propõe ao BC um choque de redução de juros

Assim como as reservas internacionais devem chegar a US$ 100 bilhões, são grandes também as chances de o dólar furar o piso de R$ 2, apesar de todo o esforço do Banco Central para evitar essa marca. Na semana passada, o dólar ficou abaixo de R$ 2,10.
São poucas as alternativas para reverter essa situação. Não se imagina que o governo adote, por exemplo, a centralização do câmbio. O próprio ministro Guido Mantega já negou essa possibilidade.
A única saída, para o economista Alex Agostini, da Austin Rating, é que o BC faça um choque de juros para baixo. Em vez de cortes na Selic de 0,5 ponto, ele sugere uma redução de um ponto percentual.
Só isso, a seu ver, poderia desestimular, pelo menos em parte, o ingresso maciço de capital estrangeiro no Brasil em busca de aplicações mais rentáveis. Vale lembrar que os investimentos externos são isentos de impostos nas aplicações em títulos públicos.
Ao defender o choque de juros para baixo, Agostini se baseia no fato de a inflação não representar hoje nenhum risco de descontrole. Segundo seus cálculos, a renda ainda precisaria crescer muito mais para pressionar o consumo. Entre 1998 e 2004, a renda registrou uma queda de 22% e, nos últimos dois anos, cresceu pouco mais de 6%, o que significa que ainda há um espaço enorme para se expandir.
Ao mesmo tempo, o dólar baixo também evita uma alta de preços na economia. A tendência é de a taxa se manter na faixa de 3% ao ano. "A espinha dorsal da inflação foi quebrada, e não se justifica o BC manter essa inércia nos juros", diz.
O economista diz, no entanto, que não considera tão negativa a queda do dólar para a economia. O maior prejuízo é do setor industrial exportador, que perde competitividade em relação aos seus concorrentes. Mas, em contrapartida, obriga as empresas a aumentarem a produtividade e ainda buscar novos mercados. O fato é que, apesar da queda acentuada do dólar, as exportações não param de crescer.

Brasileira e suíça miram em projetos corporativos

O escritório Moema Wertheimer Arquitetura acaba de fechar parceria com o suíço Nüesch Development.
A dupla se uniu para "identificar vocações" de áreas livres e buscar investidores corporativos para implantar projetos imobiliários no Brasil.
"A fusão vai aproveitar o interesse de investidores que já são parceiros do Nüesch. Eles se empolgaram com o Brasil", afirma Moema Wertheimer.
Na Suíça, o Nüesch tem como parceiros de investimentos os bancos UBS e Credit Suisse.
Entre os trabalhos da arquiteta, estão escritórios para Roche, SAR Medicamentos, Abbot Brasil, Unilever, Google e Nokia.

RECEITA MÉDICA
A Samcil, empresa de planos de saúde, já começou a inaugurar as unidades do seu plano de expansão de 2007. No primeiro semestre, serão investidos R$ 32 milhões, na Grande São Paulo. O aporte inclui unidades hospitalares, nos bairros da Lapa e do Butantã, hospitais em Osasco e Guarulhos, centros médicos e prontos-socorros na região do ABC. No segundo semestre, serão mais cerca de R$ 30 milhões, de acordo com Mauro Bernacchio, diretor-geral da rede, com a possibilidade de aquisição de uma concorrente. "Como nosso público é de classe C e D, precisamos ficar bem capilarizados", diz. Em 2008, o plano da empresa é investir mais R$ 60 milhões.

DUALIDADE
O economista Cézar Medeiros lança hoje o livro "A Dualidade Contemporânea no Brasil" (Associação Brasileira de Instituições Financeiras de Desenvolvimento), em que ele afirma que o país já se encontra em situação excelente para distribuir renda. Medeiros sugere caminhos para acelerar a inclusão social no Brasil e afirma que os desenvolvimentos social e econômico não são fenômenos antagônicos.

DE MUDANÇA
A Paraty Investimentos quer reforçar sua atuação no mercado financeiro. A "asset management" vai mudar seu escritório no Rio de Janeiro, do centro para o Shopping Leblon, a partir de abril, e passará a ter um novo sócio, Marco Antonio François Franklin, que será responsável pela gestão dos fundos Paraty. Ele foi sócio da Plenus Gestão de Recursos e da ARX Capital Management e CFO da Coinbra e do Banco Graphus.
DE GREGO
A Mistral acaba de iniciar importação do vinho produzido na Grécia, que é conhecido como um país de pequenos produtores que elaboram vinhos em pouca quantidade. O rendimento médio do país é menor que a metade da produção francesa ou italiana. Nessa primeira remessa, a Mistral trouxe vinhos dos três principais produtores gregos da atualidade: Gerovassiliou, Gaia Estate e Antonopoulos.


Próximo Texto: Teles e TVs lançam nova onda de serviços
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.