São Paulo, segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

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Dados dos EUA e PIB do Brasil dominam a semana

Números do crescimento americano serão divulgados

DA REPORTAGEM LOCAL

Importantes dados da economia norte-americana estarão no foco das atenções de analistas e investidores nesta semana. No Brasil, a agenda deve ser dominada pela divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) do último trimestre do ano, na quarta-feira, que definirá o crescimento no primeiro governo Lula.
Dados relativos ao desempenho do PIB no quarto trimestre dos Estados Unidos também serão divulgados na semana.
A apresentação do PCE (indicador de gastos com consumo pessoal nos EUA) de janeiro, na quinta-feira, é o evento mais relevante no campo econômico nos próximos dias.
O PCE é acompanhado de perto pelo Fed (Federal Reserve, o BC americano), como um sinalizador do ritmo de aquecimento da economia. Em dezembro, o núcleo do PCE registrou pequena elevação de 0,1%, ficando abaixo das projeções do mercado, que eram de alta de 0,2%. A expectativa do mercado aponta novamente para que o resultado fique em 0,2%.
Assim, qualquer surpresa (favorável ou não) poderá mexer com o mercado global, que tentará antecipar possíveis atitudes do Fed.
O próximo encontro do Federal Reserve ocorrerá apenas nos dias 20 e 21 de março. O mercado espera que, nesse encontro, a taxa básica americana seja mantida em 5,25% anuais.
Apenas para a reunião da autoridade monetária norte-americana agendada para o mês de maio é que se espera que seja possível uma redução nos juros dos EUA -cerca de 30% do mercado confia nessa possibilidade.
No último dia 21, foi conhecido o resultado do CPI (índice de preços ao consumidor dos EUA, na sigla em inglês), que teve alta de 0,2% em janeiro.
Dados econômicos que fortaleçam a possibilidade de os juros caírem nos EUA ainda neste primeiro semestre tendem a favorecer o desempenho dos ativos (como títulos da dívida e ações) de países emergentes.
Amanhã o mercado conhecerá o índice de confiança do consumidor norte-americano. Também será divulgado o índice do setor manufatureiro levantado pelo Fed regional de Richmond.
No dia seguinte, na quarta-feira, vai ser apresentado o indicador de venda de novas moradias nos EUA -importante indicador de aquecimento da maior economia do mundo.
Na semana passada, foi conhecida a ata da última reunião do Fed. O documento, que trouxe explicações para a manutenção da taxa básica americana em 5,25% anuais, na reunião realizada nos últimos dois dias do mês passado, não apresentou novidades.
Os diretores do Fed seguem com "alguma preocupação" em relação ao quadro inflacionário do país.

Inflação
No Brasil, a semana terá na divulgação do IPCA-15, amanhã, um dado relevante. Isso por que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) é o índice utilizado pelo Banco Central para monitorar a meta oficial de inflação. Mas ninguém projeta que o indicador parcial de inflação traga surpresas suficientes para sacudir o mercado financeiro.
O mercado tem diminuído suas projeções para o IPCA acumulado em 2007 a cada semana. No dia 16 -última pesquisa feita pelo BC com representantes do mercado- mostrava projeção de que o IPCA acumulado em 2007 ficará em 3,94%. Um mês antes, a previsão era de inflação de 4,07%.
Quanto menor o IPCA, maiores as chances de a taxa básica da economia, a Selic, que está em 13% ao ano, ser reduzida.


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