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São Paulo, quarta-feira, 26 de março de 2003

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Senado dos EUA teme a conta do Iraque e reduz corte nos impostos

DA REDAÇÃO

O Senado dos Estados Unidos, temendo um aumento no déficit público em consequência dos gastos da guerra contra o Iraque, decidiu cortar pela metade o pacote de estímulo econômico do governo Bush, que previa uma redução de impostos estimada em US$ 726 bilhões ao longo dos próximos dez anos. Agora, os senadores querem que a redução não passe de US$ 350 bilhões.
A decisão cancela um acordo fechado na semana passada, que reduzia em US$ 100 bilhões o pacote proposto por Bush. O projeto do presidente estabelecia a antecipação de cortes em impostos já aprovados no ano passado e previa a eliminação dos impostos sobre dividendos de investimentos em ações.
O pacote de Bush despertou a crítica de oposicionistas. Para eles, o projeto não estimularia a atividade no curto prazo e apenas deterioraria o Orçamento do país, o que reduziria a capacidade do governo de investir em seguridade social, em saúde e em outros serviços públicos.
Os democratas, de oposição, defendiam que a redução de impostos não excedesse US$ 350 bilhões. Eles só conseguiram mudar a decisão da semana anterior e sair vitoriosos da disputa depois que três senadores republicanos mudaram de opinião e preferiram não apoiar a proposta de sua bancada. Após as eleições do ano passado, os republicanos passaram a ter maioria no Senado.
Por 51 votos a 48, os senadores aprovaram ontem a inclusão da mudança no projeto de Orçamento para 2004. A emenda ao projeto conseguiu o apoio da maioria do Senado um dia após Bush ter encaminhado o pedido de uma verba extra de quase US$ 75 bilhões para bancar os custos da campanha militar.


Com agências internacionais


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