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Semana será dominada por indicadores americanos
Principais índices são gastos pessoais e venda de imóveis
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma série de indicadores da
economia norte-americana vai
rechear a agenda dos próximos
dias. Com isso, o mercado financeiro tende a ter dias de
bastante volatilidade.
A reunião do Fed, o banco
central dos Estados Unidos
-em especial a nota emitida
após o encontro-, reforçou as
atenções dos investidores sobre os números de atividade da
maior economia do mundo.
Hoje a agenda já traz a divulgação do número das vendas de
novas moradias nos EUA em
fevereiro. Como o setor habitacional americano passou ao
centro das atenções nas últimas semanas, qualquer surpresa no indicador vai agitar os investidores.
Amanhã serão apresentados
os resultados do índice de confiança do consumidor norte-americano e o índice do setor
manufatureiro apurado pelo
Fed regional de Richmond.
Encerrada a reunião do Fed,
na quarta-feira passada, quando os juros foram mantidos em
5,25% anuais, o que mais chamou a atenção do mercado foi o
fato de a nota divulgada após o
encontro ter tirado de seu texto
o alerta sobre possível aperto
monetário adicional no futuro.
Isso fez com que aumentassem as apostas na possibilidade
de o Fed cortar os juros do país
até seu encontro de junho. Em
um cenário de juros norte-americanos em baixa, ativos de
maior risco, como as Bolsas de
Valores, ganham maior interesse dos investidores.
Para a LCA Consultores, o
texto da nota "passou a admitir
qualquer ajuste, isto é, elevação
ou corte de juros, quando antes
só se cogitava a hipótese de
aperto adicional".
Analistas avaliam que o mercado financeiro global ficou
ainda mais sensível aos números da economia americana.
"O quadro econômico norte-americano está cercado de incertezas. A mudança no trecho
prospectivo do comunicado do
Fed foi promovida para ampliar seu raio de manobra para,
se necessário, adequar rapidamente a sua política monetária", avalia a LCA.
Gastos pessoais
Talvez o dado mais importante da economia americana a
ser divulgado nos próximos
dias seja o PCE (indicador de
gastos com consumo pessoal
nos EUA) de fevereiro, na sexta-feira. O PCE é um dos índices que o Fed mais fica atento
para estimar o ritmo de aquecimento da economia do país.
O núcleo do PCE (excluindo
preços voláteis como alimentos
e energia) teve alta de 0,3% em
janeiro. Para fevereiro, espera-se que fique em 0,2%.
Antes disso, na quarta, o presidente do Fed, Ben Bernanke,
fará um pronunciamento, no
Congresso dos EUA, sobre as
perspectivas econômicas.
Na quinta-feira da semana
passada foi apresentado um indicador importante sobre os
rumos futuros da economia
americana -o índice de indicadores antecedentes, que teve
queda de 0,5% em fevereiro.
"Os indicadores antecedentes sugeriram que continuaremos a ter um período de crescimento lento a moderado nos
Estados Unidos", disse à
Bloomberg Kevin Logan, economista-chefe do Dresdner
Kleinwort em Nova York. "A
desaceleração do setor de construção de imóveis se manterá
por algum tempo", completou.
Inflação e desemprego
A agenda brasileira terá na
divulgação do fechamento do
IGP-M deste mês um importante dado. O indicador de preços vai ser conhecido na quinta-feira e a expectativa é que
mostre alta de 0,30%. Em fevereiro, o IGP-M subiu 0,27%.
No mesmo dia vão ser divulgados os últimos números da
taxa de desemprego no país.
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