São Paulo, segunda-feira, 26 de março de 2007

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Semana será dominada por indicadores americanos

Principais índices são gastos pessoais e venda de imóveis

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma série de indicadores da economia norte-americana vai rechear a agenda dos próximos dias. Com isso, o mercado financeiro tende a ter dias de bastante volatilidade.
A reunião do Fed, o banco central dos Estados Unidos -em especial a nota emitida após o encontro-, reforçou as atenções dos investidores sobre os números de atividade da maior economia do mundo.
Hoje a agenda já traz a divulgação do número das vendas de novas moradias nos EUA em fevereiro. Como o setor habitacional americano passou ao centro das atenções nas últimas semanas, qualquer surpresa no indicador vai agitar os investidores.
Amanhã serão apresentados os resultados do índice de confiança do consumidor norte-americano e o índice do setor manufatureiro apurado pelo Fed regional de Richmond.
Encerrada a reunião do Fed, na quarta-feira passada, quando os juros foram mantidos em 5,25% anuais, o que mais chamou a atenção do mercado foi o fato de a nota divulgada após o encontro ter tirado de seu texto o alerta sobre possível aperto monetário adicional no futuro.
Isso fez com que aumentassem as apostas na possibilidade de o Fed cortar os juros do país até seu encontro de junho. Em um cenário de juros norte-americanos em baixa, ativos de maior risco, como as Bolsas de Valores, ganham maior interesse dos investidores.
Para a LCA Consultores, o texto da nota "passou a admitir qualquer ajuste, isto é, elevação ou corte de juros, quando antes só se cogitava a hipótese de aperto adicional".
Analistas avaliam que o mercado financeiro global ficou ainda mais sensível aos números da economia americana.
"O quadro econômico norte-americano está cercado de incertezas. A mudança no trecho prospectivo do comunicado do Fed foi promovida para ampliar seu raio de manobra para, se necessário, adequar rapidamente a sua política monetária", avalia a LCA.

Gastos pessoais
Talvez o dado mais importante da economia americana a ser divulgado nos próximos dias seja o PCE (indicador de gastos com consumo pessoal nos EUA) de fevereiro, na sexta-feira. O PCE é um dos índices que o Fed mais fica atento para estimar o ritmo de aquecimento da economia do país.
O núcleo do PCE (excluindo preços voláteis como alimentos e energia) teve alta de 0,3% em janeiro. Para fevereiro, espera-se que fique em 0,2%.
Antes disso, na quarta, o presidente do Fed, Ben Bernanke, fará um pronunciamento, no Congresso dos EUA, sobre as perspectivas econômicas.
Na quinta-feira da semana passada foi apresentado um indicador importante sobre os rumos futuros da economia americana -o índice de indicadores antecedentes, que teve queda de 0,5% em fevereiro.
"Os indicadores antecedentes sugeriram que continuaremos a ter um período de crescimento lento a moderado nos Estados Unidos", disse à Bloomberg Kevin Logan, economista-chefe do Dresdner Kleinwort em Nova York. "A desaceleração do setor de construção de imóveis se manterá por algum tempo", completou.

Inflação e desemprego
A agenda brasileira terá na divulgação do fechamento do IGP-M deste mês um importante dado. O indicador de preços vai ser conhecido na quinta-feira e a expectativa é que mostre alta de 0,30%. Em fevereiro, o IGP-M subiu 0,27%.
No mesmo dia vão ser divulgados os últimos números da taxa de desemprego no país.


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