São Paulo, quarta-feira, 26 de abril de 2006

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MERCADO ABERTO

Exportações superam previsões

Apesar da valorização do real, o crescimento das exportações continua forte, e a tendência é a de o total das vendas externas superar as expectativas neste ano.
A previsão é as exportações atingirem US$ 124 bilhões neste ano, um resultado 5% superior aos US$ 118,3 bilhões de 2005, segundo relatório elaborado pela equipe do economista Nilson Teixeira, do Credit Suisse. Para 2007, a previsão é de US$ 126,5 bilhões, uma alta de 2% em relação a 2006.
O relatório do Credit Suisse considera surpreendente o ritmo elevado de crescimento das exportações neste ano. O banco admite até que previa uma expansão em ritmo menor no primeiro trimestre deste ano.
Desde agosto de 2003, as exportações acumuladas em 12 meses crescem sem parar. Em março, atingiram US$ 123,2 bilhões. Até dezembro, devem desacelerar para US$ 124 bilhões.
Para o Credit Suisse, o aumento do preço explica em grande parte o desempenho surpreendente das exportações. Em 2005, o banco estima que a alta dos valores responde por 57% da alta das vendas externas, e a quantidade exportada, por 43%. Já no primeiro trimestre deste ano, o efeito-preço foi responsável por 63% da alta das exportações.
A maior demanda da China tem sido a principal responsável pelo aumento de preço das exportações, principalmente das commodities. Apesar de apenas 30% dos produtos exportados pelo Brasil serem classificados como básicos, as vendas de commodities respondem por mais da metade do valor das exportações brasileiras. Em 2005, já foi de 51%, e, para este ano, a tendência é um aumento desse percentual.
Entre as commodities, destacam-se minério de ferro, soja, carne e petróleo. Para o Credit Suisse, as chances de as exportações superarem as previsões são maiores do que as de ficarem abaixo.

ARTILHARIA
A Petrobras gastou R$ 40 milhões para anunciar a auto-suficiência do petróleo. Foi um dos maiores investimentos na história da propaganda. Antes, a estatal tinha gasto R$ 75 milhões para celebrar os 50 anos, mas os gastos não foram de uma vez.

DE CALÇA CURTA
Geraldo Carbone, presidente do BankBoston, também foi surpreendido com a notícia da venda para o Itaú. No sábado, ele antecipou sua volta para São Paulo do Fórum Empresarial de Comandatuba para dar explicações aos funcionários do banco.

ESQUECERAM DE MIM
Eugênio Staub (Gradiente) não foi convidado para a reunião de amanhã, convocada pelo presidente Lula, para discutir TV digital com empresários do setor.

NOVA CLIENTELA
A Contemporânea fechou sete novas contas nos últimos 30 dias. Entre eles estão as Drogarias Pacheco, a Triumph & Sloggi e a Santos Brasil.

INVESTIMENTO
A Santana Têxtil investirá R$ 90 milhões em uma nova fábrica na Argentina. A obra, na Província de Chaco, ocupará dez hectares e começa em, no máximo, três meses. Cerca de 80% da produção da fábrica será destinada à Argentina. O restante vai para os Estados Unidos e para países vizinhos.

CIDADANIA
A CNI e o Instituto da Cidadania Brasil assinaram ontem, em Brasília, termo de parceria para levar o prêmio paulista Construindo a Nação a outros Estados do país.

MITO ENOLÓGICO
O produtor italiano Angelo Gaja, um dos maiores nomes do mundo do vinho, desembarca no Brasil na próxima semana para apresentar os seus produtos e falar de sua trajetória profissional. Gaja é o único produtor italiano a receber a cotação máxima no guia especializado "Gambero Rosso". Segundo a edição, "em apenas duas décadas, desde que assumiu a vinícola da família, ele construiu um verdadeiro mito enológico". O empresário Ciro Lilla, da Mistral, diz que há dez anos tenta trazer Gaja para o Brasil, até que ele agora aceitou. "Gaja foi responsável pela maior revolução no vinho dos últimos 30 anos", diz Lilla.

HORA DO CHÁ
A especialista em chás Carla Saueressig desenvolveu uma nova ação de marketing para restaurantes e lojas de São Paulo: personalizar cada local com um sabor próprio. A empresária, que dirige A Loja do Chá, no shopping Iguatemi, desenvolveu "blends" para casas como o Bôa Bistrô e o Charlô. "Há também cafés que encomendaram nossos chás", diz a empresária, que cita o Santo Grão. Saueressig também faz harmonização das bebidas com pratos. "Estudamos as cartas dos restaurantes. Para cada tipo receita, há um chá", afirma.


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