São Paulo, quinta-feira, 26 de abril de 2007

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Comércio entre países poderá ser em real

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Camex (Câmara de Comércio Exterior) publica hoje uma resolução que permite que as legislações que tratam de câmbio especifiquem que as operações de comércio exterior possam ser feitas em real. O objetivo é criar as condições para que, a partir do segundo semestre, Brasil e Argentina possam substituir o dólar por pesos e reais nas trocas comerciais.
Segundo a Camex, quando estiver em vigor, a medida vai afetar menos de 4% do comércio brasileiro. Portanto, não vai pressionar a procura por dólares e a cotação da moeda americana.
Entre as regulamentações que serão feitas até o fim de junho, está a autorização para empresas argentinas terem contas em reais no Brasil e vice-versa. De acordo com o secretário-geral da Camex, Mário Mugnaini, se tiver sucesso, no longo prazo a medida pode levar à moeda única do Mercosul.
Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na semana que vem haverá uma reunião em Quito, no Equador, da qual ele participa para discutir a criação do Banco do Sul. Ele afirmou que o governo vai defender a idéia se o banco estiver em conformidade com princípios financeiros modernos e não for utilizado como instrumento político.
Para ele, o Brasil prefere que o Banco do Sul sirva para fomentar o desenvolvimento, e não para reduzir desequilíbrio comercial ou fiscal dos países da região, como propõem os presidentes da Venezuela e do Equador.
O ministro disse ainda que o Brasil estaria disposto a entrar com recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para contribuir, desde que em condições de igualdade com outros países, mas que não deve usar reservas internacionais para isso, como quer o presidente da Venezuela, Hugo Chávez.


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