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Comércio entre países poderá ser em real
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Camex (Câmara de Comércio Exterior) publica hoje uma resolução que permite que as legislações que tratam de câmbio especifiquem
que as operações de comércio exterior possam ser feitas
em real. O objetivo é criar as
condições para que, a partir
do segundo semestre, Brasil
e Argentina possam substituir o dólar por pesos e reais
nas trocas comerciais.
Segundo a Camex, quando
estiver em vigor, a medida
vai afetar menos de 4% do
comércio brasileiro. Portanto, não vai pressionar a procura por dólares e a cotação
da moeda americana.
Entre as regulamentações
que serão feitas até o fim de
junho, está a autorização para empresas argentinas terem contas em reais no Brasil e vice-versa. De acordo
com o secretário-geral da
Camex, Mário Mugnaini, se
tiver sucesso, no longo prazo
a medida pode levar à moeda
única do Mercosul.
Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na
semana que vem haverá uma
reunião em Quito, no Equador, da qual ele participa para discutir a criação do Banco
do Sul. Ele afirmou que o governo vai defender a idéia se
o banco estiver em conformidade com princípios financeiros modernos e não
for utilizado como instrumento político.
Para ele, o Brasil prefere
que o Banco do Sul sirva para
fomentar o desenvolvimento, e não para reduzir desequilíbrio comercial ou fiscal
dos países da região, como
propõem os presidentes da
Venezuela e do Equador.
O ministro disse ainda que
o Brasil estaria disposto a entrar com recursos do BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para contribuir, desde
que em condições de igualdade com outros países, mas
que não deve usar reservas
internacionais para isso, como quer o presidente da Venezuela, Hugo Chávez.
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