São Paulo, sábado, 26 de abril de 2008

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mzafalon@folhasp.com.br

MÃO INVERTIDA
Ao contrário do que muitos imaginavam, o álcool parou de cair, apesar da safra. Demanda forte e oferta menor puxaram os preços do hidratado em 4% e os do anidro em 2,8% nesta semana nas usinas, diz o Cepea.

ESTOQUE BAIXO
A demanda pelo álcool está forte e atinge 1,5 bilhão de litros no mês -mesmo volume dos estoques iniciais do período. A produção do mês, porém, não deve atingir o volume previsto: menos usinas do que o esperado entraram em operação e o clima atrapalhou a produção.

VOLUME BAIXO
Com volume de produção abaixo de 1,5 bilhão de litros neste mês, os estoques iniciais de maio ficam abaixo dos de abril. Daí a puxada de preços. A pressão pode continuar enquanto a safra não engrenar.

EFICÁCIA MENOR
Alguns fungicidas usados no combate à ferrugem asiática da soja perderam eficácia em plantios onde a incidência da doença foi maior em MT, diz a Comissão de Defesa Sanitária Vegetal do Estado. A Andef (associação das indústrias) diz que as causas da perda de eficácia ainda são desconhecidas e estão sendo estudadas.

RECOMENDAÇÕES
Diante do ocorrido, entidades ligadas ao setor, como a Aprosoja e a Famato, recomendam a mistura de triazóis e estrobilurinas para minimizar a seleção de populações resistentes do fungo. Para a Andef, após a segunda aplicação o uso pode ser de mistura ou triazol.

COLHEITA RECORDE...
O Rio Grande do Sul produzirá 7,2 milhões de toneladas de arroz neste ano, um volume recorde, segundo o Irga (Instituto Rio Grandense do Arroz).

...COM PREÇO BOM
A interligação dos mercados mundiais faz com que os gaúchos, mesmo com safra recorde, obtenham bons preços para o arroz. A puxada de preços no exterior reflete no mercado interno, onde a saca atingiu R$ 32,60 ontem no campo.

VAI AO CONSUMIDOR
Pesquisa da Folha mostra que o arroz já subiu 45,2% no campo nos últimos 30 dias. Nas próximas semanas, o consumidor final deve sentir no bolso o peso dessa alta.

FORTE QUEDA
Após Brasil e Tailândia voltarem atrás na decisão de inibir as exportações de arroz, o produto despencou ontem em Chicago, diz a Bloomberg. A queda foi auxiliada pelo anúncio do Paquistão, de vender produto.

TAMBÉM A MANDIOCA
A mandioca não ficou imune às altas das commodities. Na Tailândia, a fécula atinge US$ 440 por tonelada, recorde desde 2005. No Brasil, o produto foi a R$ 989, também o maior preço desde 2005.


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