São Paulo, sexta-feira, 26 de maio de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice VAIVÉM DAS COMMODITIES Mauro Zafalon @ - mzafalon@folhasp.com.br POLÍTICA DE GOVERNO O governo brasileiro precisa ficar atento às relações comerciais entre Argentina e Brasil no que se refere ao trigo. O Brasil pode se tornar um mero revendedor de farinha argentina se o produto do vizinho continuar vindo com subsídios e contrabando, diz um analista. SÓ MATÉRIAS-PRIMAS Outra área de descuido do governo é o setor de soja, diz o analista. Devido à excessiva tributação e ao câmbio no setor, as indústrias estão indo para a Argentina, que aumenta a capacidade de moagem. No Brasil, cai em algumas regiões. CIENTE O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, está ciente e alerta sobre isso. "Devido à questão tributária, já existem fábricas que estão fechando e indo embora do Brasil, inclusive para a Argentina. Tenho insistido há anos, mas o governo tem sido lento na questão", afirmou Rodrigues à Folha. LEILÃO DE SOJA O Prop de ontem de soja vendeu 587 mil toneladas, 29% do ofertado. Destas, 368 mil ocorreram em Mato Grosso, onde o valor do prêmio chegou a R$ 6 no norte do Estado. Isso significa que as indústrias pagaram R$ 17 por saca e recebem outros R$ 6 em outras compensações que têm com o governo. OUTRO CENÁRIO Dois motivos inibiram as vendas. Nos últimos dias, a soja subiu, o que tirou vários Estados do leilão devido aos preços melhores. Segundo, muitos produtores -não tanto endividados- esperaram o pacote do governo para ver se o crédito prometido era suficiente para continuar com seus estoques. PÉ NO FREIO As importações de carne de frango do Oriente Médio recuaram para 209 mil toneladas até abril, 23% menos do que em igual período de 2005. Com isso, o total nacional recuou para 850 mil toneladas, 2% menos do que em 2005, diz a Abef (associação dos exportadores). DÓLAR AJUDA BOI As cotações do boi têm forte correlação com o dólar. Quando a moeda norte-americana sobe, aumentam as chances de valorização da arroba em reais. O fôlego dos exportadores aumenta e o produtor passa a reter animais em engorda. A análise é de Fabiano Rosa, da Scot Consultoria. CAMINHO EXTERNO A pecuária brasileira não é procurada só pela quantidade exportada de carne, mas também pelo avanço da genética e da qualidade dos animais. Desta vez foi o criador Paulo de Castro Marques que fechou negócios com norte-americanos e canadenses para a venda de duas novilhas simental da linhagem sul-africana Texto Anterior: Para ruralista, novas medidas são "manobra protelatória" Próximo Texto: Juros futuros terminam o pregão com forte queda Índice

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