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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@grupofolha.com.br
Fiesp pede rigidez contra desrespeito a marcas
Representantes da indústria paulista seguem para Brasília amanhã com uma missão: tentar colocar projetos de lei sobre proteção à propriedade intelectual, que se arrastam desde o início da década, como prioridade na pauta do Congresso Nacional.
Em reunião na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, o vice-presidente de comércio exterior da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Roberto Giannetti da Fonseca, vai mostrar um estudo sobre a percepção dos parlamentares em relação à proteção da propriedade intelectual, feito pelo Ibope a pedido da entidade.
O levantamento aponta que a importância do tema é reconhecida pelos parlamentares. No entanto, isso não faz com que ele seja considerado prioritário na pauta de votação do Congresso, afirma Fonseca.
De acordo com o estudo, 97% dos congressistas consideram o assunto pouco discutido na Casa. Mas 72% deles afirmaram que se trata de tema muito relevante para o desenvolvimento do Brasil.
Segundo ele, a Fiesp quer que dois projetos que propõem o aumento das punições para empresas e pessoas que cometerem crimes contra marcas e patentes sejam votados ainda neste ano.
"Não vamos esperar o país ser acusado de ser conivente com a prática de pirataria e deixar que se crie uma restrição à marca brasileira no exterior", afirma Fonseca.
Para ele, uma maior proteção à propriedade intelectual vai atrair novos investimentos em inovação tecnológica ao país. "Quando há um ambiente jurídico de respeito à propriedade intelectual, mais recursos são liberados para pesquisa e investimentos."
Além da necessidade de aprimorar a legislação, Fonseca afirma que é preciso "fazer a lei pegar".
Para isso, é necessário que o trabalho de fiscalização de mercadorias seja mais rígido e que a população incorpore a cultura de respeito a marcas, segundo o diretor da Fiesp.
NAVEGANTE
O grupo italiano Costa Cruzeiros traz, nesta semana, uma
nova marca de cruzeiros para o Brasil, a Ibero Cruzeiros,
que passa a operar no litoral da América do Sul. Alfredo Serrano, diretor da Ibero Cruzeiros, desembarcou em São Paulo
para o lançamento da marca, que vai começar a funcionar
no país com três navios da frota da Ibero já no próximo verão. O investimento nas três embarcações, com capacidade
entre 1.000 e 2.000 hóspedes cada uma, foi de 35 milhões.
A marca Ibero, de origem espanhola, já tem operações no mar
Mediterrâneo.
Suspeitas de gripe alavancam custo de operadoras de saúde
Para cada 1% da população
brasileira que apresentar suspeitas da gripe suína, o custo
para operadoras de planos de
saúde chega a R$ 200 milhões.
Os cálculos são da Marsh
Saúde e Benefícios, de um estudo realizado entre abril e maio,
baseado nos custos referentes
apenas ao atendimento inicial
aos pacientes com suspeita de
infecção. Ainda que o resultado
do exame seja negativo, só de
procurar o atendimento, o paciente já gera um custo, que envolve os exames de urina, raio-X, medicamentos e outros procedimentos.
O custo médio desse atendimento, padronizado em protocolos do Ministério da Saúde,
fica em cerca de R$ 488, segundo Sheila Clezar, diretora-executiva da Marsh Saúde e Benefícios, responsável pelo estudo.
"Considerando que a população que tem hoje plano privado
no Brasil é de cerca de 40 milhões, se 1% dessa população,
que são 413 mil pessoas, passar
pelo atendimento, chegaremos
aos R$ 200 milhões", diz.
"Não esperamos chegar a esse nível, mas é preciso atentar
para o efeito que uma pandemia como essa pode provocar
nas operadoras de saúde, pois
os custos do atendimento dos
suspeitos feitos em instituições
públicas, mesmo de quem possui plano de saúde, são repassados para as operadoras."
TREM-BALA
Vicente Abate, da AmstedMaxion, assume hoje a presidência da Abifer (associação
da indústria de material ferroviário), com duas reivindicações ao governo: incentivar a
expansão da malha ferroviária brasileira e garantir participação da indústria nacional
no projeto do trem-bala.
POUPANÇA
Até o dia 20, os financiamentos habitacionais da Caixa Econômica Federal atingiram R$ 12 bilhões, com mais
de 250 mil contratos de crédito imobiliário. Desses, R$ 6,5
bilhões contaram com recursos da poupança, em 154 mil
contratos.
DESTILADO
O inglês Jim Murray, um
dos maiores críticos de uísque
do mundo, vem ao Brasil para
uma degustação de maltes,
amanhã.
ÁFRICA
O setor de máquinas e
equipamentos agrícolas,
biocombustíveis e alimentos industrializados é o foco
da exposição Brasil Agri-Solutions, promovida pela
Apex-Brasil, nos dias 9 e 10
de julho, em Dacar, no Senegal. O evento receberá 25
empresas brasileiras.
AÇÃO CONJUNTA
Também serão realizados
outros dois eventos paralelos, dos Ministérios do Desenvolvimento e de Relações Exteriores. "A ideia é
atender a orientação do presidente Lula de promover
cooperação com países africanos", diz o presidente da
Apex, Alessandro Teixeira.
CARTÃO-POSTAL
A rede Barbacoa abre sua
primeira filial europeia, em
Milão, neste ano. A rede já
tem três lojas no Japão.
com JOANA CUNHA e MARINA GAZZONI
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