DA REUTERS

O consumo de energia no Brasil caiu 0,4% em abril ante igual mês do ano anterior, ficando praticamente estável em 32.162 gigawatts. O consumo industrial, no entanto, recuou 8,9%, voltando aos níveis de 2005 e 2006, informou a Empresa de Pesquisa Energética ontem.
A queda da utilização de energia pelas indústrias foi compensada pelo aumento do consumo em residências e no comércio, de 8,9% e 8,5%, respectivamente, favorecidos pela base de comparação deprimida de abril de 2008, quando se verificou temperaturas mais baixas e menos dias de leitura do consumo.
"No Sudeste, a redução do consumo se dá de forma mais acentuada. De janeiro a abril, o consumo industrial na região foi quase 15% inferior ao de 2008 e encontra-se acima apenas do verificado em 2004", diz a EPE.
Apesar de negativa, a taxa de consumo industrial demonstra recuperação gradativa ante o início do ano.
A queda de consumo na indústria está concentrada no mercado livre, formado por grandes empresas ligadas à exportação. Em abril, o mercado livre teve retração de 12,5% no consumo de energia, ante menos 4,5% do consumo cativo (por contrato com distribuidoras).
As principais quedas estão concentradas no Espírito Santo, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, enquanto São Paulo, que reúne quase metade do parque produtivo, ficou em vantagem devido à diversificação da produção e ao foco no mercado interno.


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