São Paulo, terça-feira, 26 de maio de 2009

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Associação prevê vender mais aves à Ásia

Setor começa a mostrar reação à crise; exportações cresceram 2% no 1º quadrimestre em relação a 2008

GRACILIANO ROCHA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

A abertura de novos mercados na Ásia deverá impulsionar o crescimento em 5% das exportações brasileiras de aves em 2009. A estimativa é do presidente da Abef (Associação Brasileira dos Exportadores de Frango), Francisco Turra.
Ele disse que a criação da Brasil Foods, fusão entre a Sadia e a Perdigão, fortalecerá a posição brasileira como maior exportador mundial de frango.
"Quando surge um gigante como esse, nós mostramos ao mundo que o Brasil está preparado para enfrentar essa guerra. Haverá uma presença mais forte do Brasil, como se deu com a AmBev", disse Turra durante o Congresso Brasileiro de Avicultura, aberto ontem em Porto Alegre (RS).
Em 2008, o Brasil obteve receitas de US$ 6,9 bilhões com a exportação de 3,6 milhões de toneladas de aves, o que representou incremento de 11% em relação a 2007. Mas houve uma forte redução das vendas no último trimestre.
Abalado pela retração do crédito, o setor avícola começa agora a exibir sinais de reação à crise. Nos quatro primeiros meses de 2009, foi embarcado para o exterior 1,1 milhão de toneladas de frango -mais 2% em relação a igual período de 2008. Embora tenha havido retração nas vendas do primeiro trimestre, em abril as exportações somaram 330 mil toneladas, quase 20% mais do que no mesmo mês de 2008.
A expectativa de crescimento do setor está sendo puxada principalmente pela abertura de mercados na África e na Ásia. O principal deles é o da China, cujo anúncio de liberação para o frango brasileiro ocorreu na semana passada.
"A abertura da China é emblemática, é um selo, um passaporte para entrar na Ásia toda e, além disso, trata-se de um mercadão, com 1,38 bilhão de bocas comendo uma média de dez quilos de frango por ano", afirmou o presidente da Abef.
Segundo ele, a valorização do real diante do dólar é hoje a principal preocupação do setor. Neste ano, há expectativa de crescimento da produção em torno de 5%, para 11,4 milhões de toneladas, segundo a União Brasileira de Avicultura.


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