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Associação prevê vender mais aves à Ásia
Setor começa a mostrar reação à crise; exportações cresceram 2% no 1º quadrimestre em relação a 2008
GRACILIANO ROCHA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
A abertura de novos mercados na Ásia deverá impulsionar
o crescimento em 5% das exportações brasileiras de aves
em 2009. A estimativa é do presidente da Abef (Associação
Brasileira dos Exportadores de
Frango), Francisco Turra.
Ele disse que a criação da
Brasil Foods, fusão entre a Sadia e a Perdigão, fortalecerá a
posição brasileira como maior
exportador mundial de frango.
"Quando surge um gigante
como esse, nós mostramos ao
mundo que o Brasil está preparado para enfrentar essa guerra. Haverá uma presença mais
forte do Brasil, como se deu
com a AmBev", disse Turra durante o Congresso Brasileiro de
Avicultura, aberto ontem em
Porto Alegre (RS).
Em 2008, o Brasil obteve receitas de US$ 6,9 bilhões com a
exportação de 3,6 milhões de
toneladas de aves, o que representou incremento de 11% em
relação a 2007. Mas houve uma
forte redução das vendas no último trimestre.
Abalado pela retração do crédito, o setor avícola começa
agora a exibir sinais de reação à
crise. Nos quatro primeiros
meses de 2009, foi embarcado
para o exterior 1,1 milhão de toneladas de frango -mais 2%
em relação a igual período de
2008. Embora tenha havido retração nas vendas do primeiro
trimestre, em abril as exportações somaram 330 mil toneladas, quase 20% mais do que no
mesmo mês de 2008.
A expectativa de crescimento
do setor está sendo puxada
principalmente pela abertura
de mercados na África e na
Ásia. O principal deles é o da
China, cujo anúncio de liberação para o frango brasileiro
ocorreu na semana passada.
"A abertura da China é emblemática, é um selo, um passaporte para entrar na Ásia toda
e, além disso, trata-se de um
mercadão, com 1,38 bilhão de
bocas comendo uma média de
dez quilos de frango por ano",
afirmou o presidente da Abef.
Segundo ele, a valorização do
real diante do dólar é hoje a
principal preocupação do setor.
Neste ano, há expectativa de
crescimento da produção em
torno de 5%, para 11,4 milhões
de toneladas, segundo a União
Brasileira de Avicultura.
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