São Paulo, terça-feira, 26 de maio de 2009

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Nova empresa traz otimismo a produtor de suíno

DA AGÊNCIA FOLHA, EM TOLEDO

Os produtores de suínos, integrados à Sadia, estão mais otimistas que seus colegas do setor de aves com a Brasil Foods, que surge da incorporação da Sadia pela Perdigão. A expectativa é que a nova empresa amplie o mercado da carne de porco brasileira no exterior.
Considerado um integrado modelo no setor de suínos, Agostinho Mazzarollo, 48, engorda lotes de 1.200 porcos a cada quatro meses para a Sadia em Toledo (oeste do PR). Diz estar otimista com a possibilidade de novos mercados. ""Mas um otimismo bem realista, pois os ganhos deixaram de ser atraentes no último ano."
Ele afirma que em 2007 tinha condições de colocar dinheiro na poupança, à espera de pagar o financiamento de seus dois barracões. No último semestre (o financiamento é abatido em parcelas semestrais), teve de complementar o pagamento de uma cota de R$ 21 mil com recursos de outras atividades, que possui em sua propriedade de 13,5 hectares.
Não contratar mão de obra para cuidar da terminação (engorda do animal) dos 1.200 suínos é determinante para se manter na atividade. Mazzarollo cuida sozinho da criação, com a eventual ajuda do filho Valério,18, nas suas folgas da faculdade de educação física. ""Se tiver de pagar funcionários, a atividade fica inviável."
Já o empresário rural Ademir Geremias, 43, é parceiro da Sadia em Toledo em unidade produtora de leitões. Com estrutura mais sofisticada tecnologicamente (com laboratório para inseminação artificial) em relação aos terminadores integrados, Geremias produz os leitões que são distribuídos pela indústria a esses terminadores.
Com 15 funcionários em uma unidade que ocupa 3 dos 95 hectares de sua propriedade, Geremias entrega, semanalmente, 730 leitões de 63 dias à Sadia. No contrato com a empresa, Geremias cuida de 1.600 fêmeas e 14 machos (utilizados para inseminação) e banca os custos com mão de obra e infraestrutura da unidade.
Ele recebe, em média, R$ 23,50 por leitão entregue à indústria, o que faz com que tenha faturamento bruto, por semana, de R$ 17 mil. Já os produtores integrados na terminação recebem, em média, R$ 18 por animal engordado após um ciclo de 120 dias. (JM)


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