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Nova empresa traz otimismo a produtor de suíno
DA AGÊNCIA FOLHA, EM TOLEDO
Os produtores de suínos, integrados à Sadia, estão mais otimistas que seus colegas do setor de aves com a Brasil Foods,
que surge da incorporação da
Sadia pela Perdigão. A expectativa é que a nova empresa amplie o mercado da carne de porco brasileira no exterior.
Considerado um integrado
modelo no setor de suínos,
Agostinho Mazzarollo, 48, engorda lotes de 1.200 porcos a
cada quatro meses para a Sadia
em Toledo (oeste do PR). Diz
estar otimista com a possibilidade de novos mercados. ""Mas
um otimismo bem realista, pois
os ganhos deixaram de ser
atraentes no último ano."
Ele afirma que em 2007 tinha condições de colocar dinheiro na poupança, à espera
de pagar o financiamento de
seus dois barracões. No último
semestre (o financiamento é
abatido em parcelas semestrais), teve de complementar o
pagamento de uma cota de R$
21 mil com recursos de outras
atividades, que possui em sua
propriedade de 13,5 hectares.
Não contratar mão de obra
para cuidar da terminação (engorda do animal) dos 1.200 suínos é determinante para se
manter na atividade. Mazzarollo cuida sozinho da criação,
com a eventual ajuda do filho
Valério,18, nas suas folgas da faculdade de educação física. ""Se
tiver de pagar funcionários, a
atividade fica inviável."
Já o empresário rural Ademir Geremias, 43, é parceiro da
Sadia em Toledo em unidade
produtora de leitões. Com estrutura mais sofisticada tecnologicamente (com laboratório
para inseminação artificial) em
relação aos terminadores integrados, Geremias produz os leitões que são distribuídos pela
indústria a esses terminadores.
Com 15 funcionários em uma
unidade que ocupa 3 dos 95
hectares de sua propriedade,
Geremias entrega, semanalmente, 730 leitões de 63 dias à
Sadia. No contrato com a empresa, Geremias cuida de 1.600
fêmeas e 14 machos (utilizados
para inseminação) e banca os
custos com mão de obra e infraestrutura da unidade.
Ele recebe, em média, R$
23,50 por leitão entregue à indústria, o que faz com que tenha faturamento bruto, por semana, de R$ 17 mil. Já os produtores integrados na terminação recebem, em média, R$ 18
por animal engordado após um
ciclo de 120 dias.
(JM)
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