São Paulo, segunda-feira, 26 de junho de 2000


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MERCOSUL
Resultado divulgado pelo Indec é o pior desde 97
Desemprego sobe para 14,7% e já atinge 2 milhões na Argentina

GUSTAVO CHACRA
DE BUENOS AIRES

A taxa de desemprego na Argentina subiu para 14,7% da população economicamente ativa em maio deste ano, pior resultado desde 1997, atingindo cerca de 2 milhões de pessoas, segundo dados do Indec (Instituto de Estatísticas e Censos da Argentina).
O número é 0,9 ponto percentual superior ao último resultado -13,8%, anunciado em outubro do ano passado.
Para o governo, o crescimento do desemprego está dentro do previsto. Há poucos dias, o vice-presidente Carlos Alvarez afirmou que a taxa poderia se aproximar dos 15% em maio.
Na semana passada, quando foi anunciada a diminuição na criação de postos de trabalho na Província de Buenos Aires, chegou-se a cogitar que o desemprego ultrapassaria esse percentual.
Em relação a maio do ano passado, a taxa de desemprego teve alta de 0,2 ponto percentual. Naquela ocasião, o país passava por uma de suas maiores crises dentro do Mercosul, devido aos reflexos da desvalorização do real ocorrida em janeiro de 1999.
O setor que mais contribuiu para o resultado divulgado ontem foi a construção civil, em que a atividade econômica argentina vem obtendo piores resultados -em maio, o declínio no setor foi de 4,8% em relação a 1999.
Os resultados demonstram que o pequeno crescimento do PIB, de 0,9%, está tendo pouco impacto na criação de empregos.
Segundo analistas, a economia deveria crescer mais para que o desemprego diminuísse.
O problema é que a equipe econômica possui poucos mecanismos para reverter a situação. Em maio, foi anunciado um ajuste fiscal de US$ 938 milhões, que, somado à elevação de impostos, prejudica a tentativa de sair da recessão que já dura dois anos.


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