VINICIUS ALBUQUERQUE
DA FOLHA ONLINE

O PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos apresentou crescimento anualizado de 3,9% no primeiro trimestre deste ano, segundo dados divulgados ontem pelo Departamento de Comércio norte-americano.
Essa foi a revisão final do crescimento da economia entre janeiro e março deste ano. Em maio, o governo havia divulgado preliminarmente que a economia havia crescido 4,4% nos primeiros três meses do ano.
O deflator -usado para o cálculo do PIB- subiu à taxa anualizada de 2,9% no primeiro trimestre deste ano, segundo a revisão final divulgada pelo departamento.
O índice serve para atualizar os valores usados no cálculo do PIB e é considerado o principal índice de inflação observado por Alan Greenspan, o presidente do Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos).
O deflator, no mesmo período de 2003, havia subido 2,3%. No último trimestre do ano passado, o índice ficou em 1,5%.
O resultado divulgado ontem marca o ritmo mais lento no crescimento econômico americano desde o segundo trimestre do ano passado, quando subiu 3,1%.
No último trimestre do ano passado, o PIB americano havia registrado avanço de 4,1%, menor que o do trimestre imediatamente anterior, de 8,2%.
No ano passado como um todo, o PIB da maior economia do mundo cresceu 3,1%. A expectativa dos economistas era que o PIB se mantivesse no patamar atingido na revisão anterior.

Déficit
A revisão para baixo do crescimento econômico refletiu o déficit em conta corrente recorde de US$ 144,9 bilhões no primeiro trimestre deste ano, com crescimento de 14,1% em relação ao último trimestre de 2003.
Segundo analistas, o crescimento neste trimestre pode sofrer outra restrição, por causa dos altos preços da energia, o que afetaria os gastos dos consumidores -que respondem por dois terços de toda a atividade econômica dos Estados Unidos. A expectativa de crescimento do PIB neste trimestre é de 3,5% a 4,5%.
Apesar do resultado apontado na revisão do PIB, os economistas esperam que o banco central norte-americano venha a elevar as taxas de juros (atualmente em 1% ao ano) em sua reunião de política monetária na próxima semana.
A expectativa do mercado é de aumento de pelo menos 0,25 ponto percentual na taxa de juros para conter a alta da inflação nos Estados Unidos.


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