|
Próximo Texto | Índice
MERCADO ABERTO
Guilherme Barros @ - guilherme.barros@uol.com.br
Economista propõe meta de 4,25% para 2008
O governo poderia dar um sinal extremamente favorável
para o mercado se o Conselho
Monetário Nacional propusesse uma quase simbólica redução da meta de inflação de 2008
de 4,5% para 4,25%.
A proposta é do economista
Octavio de Barros, diretor de
pesquisa e estudos econômicos
do Bradesco, e consta de comentário em uma das publicações do banco.
Segundo Barros, "o benefício
seria muito grande do ponto de
vista das expectativas e poderia
ser uma pá de cal no ceticismo
ainda reinante quanto aos
compromissos do próximo governo, seja ele qual for, com políticas econômicas corretas".
O economista explica que somente governos efetivamente
determinados e comprometidos com políticas econômicas
adequadas -na parte fiscal e
reconhecedores do papel de
um BC autônomo- tomariam
a decisão de reduzir um pouco a
meta de inflação para 2008.
Barros considera, no entanto, que o mais provável mesmo
é que a meta seja mantida em
4,5%, e reconhece que isso não
significa que não haverá compromisso do governo com o
bom senso na condução da política econômica.
"Longe disso, achamos apenas que se perderá uma estupenda oportunidade de se dar
um passo adiante na direção de
um país com bases mais sólidas
para um crescimento sustentado mais alto que o atual", diz.
De acordo com o economista,
uma das preocupações dos que
por ventura são contra a redução da meta de inflação seria a
amplitude dos choques que o
Brasil está acostumado a enfrentar.
Segundo ele, o país melhorou
muito nos últimos tempos em
termos de fundamentos e isso
reduz o risco de pressões cambiais e inflacionárias surpreendentes e indesejáveis decorrentes de choques externos ou de
oferta.
Para Barros, "parece desprezível o risco de o BC ter que interromper o afrouxamento
monetário em curso ou de ter
que aumentar juros, como no
passado, em crises até menos
importantes do que aquela que
conhecemos nessas últimas semanas, e, com isso, ter que implementar um juro real maior
para atingir uma meta de inflação menor".
MILHAS DE CERÂMICA
A rede de revestimento cerâmico Portobello Shop descobriu uma maneira de fidelizar seus clientes com um
programa de relacionamento que alavancou as vendas em
mais de R$ 71 milhões no último ano: arquitetos e decoradores, clientes de suas 80 franquias, acumulam pontos e
são premiados com viagens. O programa já é responsável
por 58% do seu faturamento. A rede também desenvolveu
um plano de expansão para abrir lojas compactas que, segundo o diretor, Juarez Leão, tem exatamente os mesmos
serviços, mas com investimento reduzido.
SAÚDE
Pacote de benefícios na
área de saúde é condição
fundamental para atrair e
reter os melhores profissionais do mercado, segundo
pesquisa realizada pela Vidalink, empresa de gestão de
benefícios de medicamentos, em parceira com a Deloitte. O estudo concluiu que
praticamente a totalidade
das empresas entrevistadas
(98%) dispõe de planos de
saúde. A pesquisa mostra
também que 93% oferecem
benefício com alimentação.
TECIDOS
O Dias dos Namorados, a
queda da temperatura e a
Copa do Mundo foram os
responsáveis pela variação
positiva das vendas do setor
atacadista de tecidos. Nos
primeiros 20 dias de junho,
elas cresceram 5% em comparação a maio.
CIMENTO PURO
O nível de emprego da
construção civil continua
em alta no país. Em abril, foi
registrada a quarta alta consecutiva de 2006, com expansão de 1,08% -mais de
15,5 mil vagas formais, segundo o SindusCon e a FGV
Projetos. O presidente do
sindicato, João Claudio Robusti, no entanto, se diz
preocupado com o alto grau
de informalidade no setor,
devido à estimativa de 4,2
milhões de informais, "sem
qualquer medida que estimule a formalidade".
MARACUJÁ
Para apaziguar os ânimos
dos motoristas em colisões,
a SulAmérica está lançando
um cartão de visita que o segurado, se for culpado pelo
acidente, entrega ao outro
condutor. O cartão traz o
número da apólice.
RECORDE BEM NUTRIDO
A Herbalife acaba de bater um novo recorde mundial. No
primeiro trimestre deste ano, a empresa acumulou
US$ 455,8 milhões em vendas líquidas. O Brasil ocupa a terceira posição mais importante, com um crescimento de
51,8% no primeiro trimestre. "Essa alta foi favorecida por
questões cambiais e pelo crescimento do volume de vendas",
diz Heneida Bini, diretora-geral da Herbalife no Brasil. A
empresa é conhecida por seu método de venda direta e pelo
marketing multinível. Com o foco voltado para a nutrição, a
companhia, que trabalha com importados, deve começar a
fabricar produtos no Brasil. Até 2007, serão dois itens produzidos em parceria com empresas locais.
Próximo Texto: Comércio impõe limite a uso de cartões Índice
|