São Paulo, segunda-feira, 26 de junho de 2006

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Com risco de calote reduzido, cresce número de investidores

DA REPORTAGEM LOCAL

O número de investidores cadastrados no Tesouro Direto tem crescido consistentemente a cada mês. Em maio, foram contabilizados 59,8 mil investidores. Em 2003, eram apenas cerca de 6.000 inscritos.
De um ano para cá, 20 mil novas pessoas se cadastraram no sistema de negociação de títulos públicos. Em janeiro deste ano foram negociados os maiores volumes em títulos públicos pela internet: R$ 114,9 milhões. Em maio, foram quase R$ 50 milhões negociados.
Os investidores podem comprar diferentes títulos, com taxas de juros prefixadas (definidas na hora do negócio) ou pós-fixadas (que oscilam ao sabor do mercado).
Dentre os diferentes títulos oferecidos, a LTN, que paga taxas prefixadas, liderou as compras em maio, com 31% dos negócios feitos. Em segundo lugar ficou a LFT, título pós-fixado atrelado à taxa Selic, com 25% das operações.
Somente no mês de maio, 1.900 novos investidores se cadastraram no Tesouro Direto.
Márcia Dessen, da consultoria financeira Bankrisk, diz que o investidor não pode esquecer que há taxas cobradas para realizar as operações.
"Há custos, como taxas de custódia e de corretagem, mas que são relativamente baixos se comparados às taxas cobradas em outros tipos de investimento", afirma a consultora.
As taxas variam de uma instituição intermediária para outra e devem ser consultadas previamente.
Para Dessen, o investidor deve avaliar o quanto espera ganhar e ver qual a melhor forma de investir suas economias, tendo o Tesouro Direto como opção.
A oscilação das taxas nas últimas semanas variou de acordo com o tipo do papel e o prazo de seu vencimento. Os contratos de resgate mais longo foram os que demonstraram maior sensibilidade à volatilidade -subindo mais.
No caso da LTN que vence daqui a 18 meses, as taxas também subiram, mas um pouco menos do que o título que vence em 24 meses. De 14,79% que pagava em meados de março, essa LTN passou a render juros de 15,96% ao ano em meados deste mês.
Uma das críticas que se faz ainda a esse segmento do mercado é a relativa dificuldade que há para se desfazer dos títulos rapidamente em momentos de maior estresse.
Uma das vantagens é o fato de o risco de calote ser muito pequeno. Somente em caso de uma crise realmente profunda o governo deixaria de honrar o pagamento dos títulos negociados com os investidores. (FV)


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