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Com risco de calote reduzido, cresce número de investidores
DA REPORTAGEM LOCAL
O número de investidores cadastrados no Tesouro Direto
tem crescido consistentemente
a cada mês. Em maio, foram
contabilizados 59,8 mil investidores. Em 2003, eram apenas
cerca de 6.000 inscritos.
De um ano para cá, 20 mil novas pessoas se cadastraram no
sistema de negociação de títulos públicos. Em janeiro deste
ano foram negociados os maiores volumes em títulos públicos
pela internet: R$ 114,9 milhões.
Em maio, foram quase R$ 50
milhões negociados.
Os investidores podem comprar diferentes títulos, com taxas de juros prefixadas (definidas na hora do negócio) ou pós-fixadas (que oscilam ao sabor
do mercado).
Dentre os diferentes títulos
oferecidos, a LTN, que paga taxas prefixadas, liderou as compras em maio, com 31% dos negócios feitos. Em segundo lugar
ficou a LFT, título pós-fixado
atrelado à taxa Selic, com 25%
das operações.
Somente no mês de maio,
1.900 novos investidores se cadastraram no Tesouro Direto.
Márcia Dessen, da consultoria financeira Bankrisk, diz que
o investidor não pode esquecer
que há taxas cobradas para realizar as operações.
"Há custos, como taxas de
custódia e de corretagem, mas
que são relativamente baixos se
comparados às taxas cobradas
em outros tipos de investimento", afirma a consultora.
As taxas variam de uma instituição intermediária para outra e devem ser consultadas
previamente.
Para Dessen, o investidor deve avaliar o quanto espera ganhar e ver qual a melhor forma
de investir suas economias,
tendo o Tesouro Direto como
opção.
A oscilação das taxas nas últimas semanas variou de acordo
com o tipo do papel e o prazo de
seu vencimento. Os contratos
de resgate mais longo foram os
que demonstraram maior sensibilidade à volatilidade -subindo mais.
No caso da LTN que vence
daqui a 18 meses, as taxas também subiram, mas um pouco
menos do que o título que vence em 24 meses. De 14,79% que
pagava em meados de março,
essa LTN passou a render juros
de 15,96% ao ano em meados
deste mês.
Uma das críticas que se faz
ainda a esse segmento do mercado é a relativa dificuldade
que há para se desfazer dos títulos rapidamente em momentos de maior estresse.
Uma das vantagens é o fato
de o risco de calote ser muito
pequeno. Somente em caso de
uma crise realmente profunda
o governo deixaria de honrar o
pagamento dos títulos negociados com os investidores.
(FV)
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