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Governo dá alívio financeiro a Estados para viabilizar obras do PAC
Lula assina hoje protocolo de cooperação com José Serra (SP) que prevê R$ 7,8 bi para projetos de saneamento e habitação; Rio e Minas também terão verba
LEANDRA PERES
LETÍCIA SANDER
PEDRO DIAS LEITE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo vai elevar ainda mais o alívio financeiro que dará aos Estados para viabilizar as
obras de saneamento e habitação previstas no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), um conjunto de obras com as quais espera melhorar o
desempenho da economia.
Hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina um protocolo de cooperação com o governador José Serra (PSDB) e
prefeitos que prevê R$ 7,8 bilhões para obras no Estado.
Nesta semana, Lula também
estará com o tucano Aécio Neves (MG), que tem prometidos
R$ 3,8 bilhões para obras no
Estado, e com o pemedebista
Sérgio Cabral (RJ), que poderá
ter R$ 2,8 bilhões. Ao todo, serão dez capitais visitadas pelo
presidente.
Esses recursos não são novos. Fazem parte do pacote de
R$ 50 bilhões que o governo
anunciou em janeiro, no lançamento do PAC, para investimentos em saneamento até o
fim do mandato de Lula.
O problema é que não era
possível gastar o dinheiro porque Estados e municípios não
tinham projetos prontos. Mutirão feito pelo governo federal
com governadores e prefeitos
das regiões metropolitanas viabilizou a escolha das obras que
receberão dinheiro federal.
Segundo o ministro das Cidades, Márcio Fortes, o governo
flexibilizará as condições de repasse de recursos para São Paulo para não reduzir significativamente o aumento de R$ 4 bilhões no limite de endividamento que Serra negociou com
o Ministério da Fazenda.
"Estamos reequilibrando o
pacto federativo. Cada um [Estado ou município] está sendo
tratado como pode para que todos possam receber. Estamos
levando em conta a capacidade
de cada um. Quem puder tomará financiamento, quem não
puder poderá receber o dinheiro direto da União", explicou.
A contrapartida de R$ 821
milhões devida pelo governo do
Rio de Janeiro não afetará o endividamento do Estado. O secretário de Obras e vice-governador, Luiz Fernando Pezão,
informou, via assessoria de imprensa, que o acerto feito com a
ministra-chefe da Casa Civil,
Dilma Rousseff, foi para que esses gastos ficassem fora do limite de dívidas.
Segundo o porta-voz da Presidência, Marcelo Baumbach,
R$ 5 bilhões dos recursos para
São Paulo virão de fontes federais, e o restante, de contrapartidas dos Estados e municípios.
No caso de Minas, R$ 3 bilhões
correspondem ao dinheiro da
União, e o Rio terá R$ 2 bilhões.
No total, o governo estima que
Estados e municípios invistam
R$ 25 bilhões nesses projetos.
A solução para viabilizar as
obras de saneamento e habitação do PAC vai contra o que vinha sendo discutido pela área
econômica. Na semana passada, o ministro Guido Mantega
recebeu os governadores José
Serra e Sérgio Cabral.
Pelo relato dos governadores, o ministro deduzir as contrapartidas devidas aos investimentos do PAC -R$ 1,4 bilhão no caso de São Paulo- do novo
limite de endividamento estadual negociado com a Fazenda.
Entre os projetos que serão
contemplados em São Paulo,
estão os que visam acabar com
as palafitas na Baixada Santista, obras de infra-estrutura e
saneamento básico no entorno
do aeroporto de Viracopos, em
Campinas, abastecimento de
água e esgotamento sanitário
na região de Diadema (ABC de
SP) e projetos de recuperação
de mananciais em torno das represas Billings e Guarapiranga.
Em Minas, integram a lista a
despoluição do ribeirão das Neves e do rio das Velhas, além da
despoluição da baía de Pampulha. No Rio, projetos de urbanização de favelas e obras contra
enchentes na Baixada Fluminense receberão verba federal.
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