São Paulo, terça-feira, 26 de junho de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Conselho do Banco Mundial aprova escolha de Zoellick para presidência

DA REDAÇÃO

O conselho de diretores do Banco Mundial (Bird) aprovou, como já esperado, a escolha de Robert Zoellick para comandar o organismo. O americano, que assume o posto neste domingo, era o único candidato a substituir Paul Wolfowitz na presidência do Banco Mundial.
Em nota divulgada no site do Bird, Zoellick não deu muitos detalhes sobre os seus planos para o seu mandato e disse que estava "pronto" para começar a trabalhar. Mas, ao "New York Times", ele voltou a um tema que fez parte das promessas de seu antecessor: o combate à corrupção.
"A corrupção é um câncer que rouba dos pobres, consome a governança e a fibra moral e destrói a confiança", disse o atual executivo do banco Goldman Sachs. "O desafio é qual a melhor maneira para solucionar a corrupção. É isso o que o Banco Mundial precisa diagnosticar, determinar e executar com os países em desenvolvimento e desenvolvidos."
Ex-responsável pelo comércio externo dos EUA entre 2001 e 2005, Zoellick foi chamado, em 2002, de "sub do sub do sub" pelo então candidato Luiz Inácio Lula da Silva.
Pela tradição, os EUA escolhem o presidente do Bird e os europeus, o comandante do FMI (Fundo Monetário Internacional). O Fundo é presidido pelo espanhol Rodrigo de Rato.
Porém, países como o Brasil, a África do Sul e a Austrália chegaram a pedir que o presidente do Banco Mundial fosse escolhido independentemente da nacionalidade. Nenhum, no entanto, apresentou um nome para suceder Wolfowitz.
Wolfowitz anunciou, em maio, que deixaria o cargo, após semanas de pressão, depois que, segundo o comitê de ética do Bird, agiu diretamente na promoção e no aumento salarial de sua namorada Shaha Riza. Ela trabalhava no organismo quando Wolfowitz assumiu e foi transferida para o Departamento de Defesa dos EUA.
Ele será o presidente que ficará menos tempo na liderança da instituição nos últimos 60 anos. Só Eugene Meyer, primeiro presidente do Bird, ficou menos tempo no cargo: seis meses. O antecessor de Wolfowitz, James Wolfensohn, permaneceu dez anos.


Texto Anterior: Países têm proposta alternativa para Doha
Próximo Texto: Raio-X
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.