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Licitação para ônibus pode ser adiada
Agência quer protelar processo sobre linhas rodoviárias pela segunda vez
Pedido foi feito ao TCU e
ao Ministério Público, que ainda não se manifestaram; se for aceito, licitação ficará para novembro de 2010
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A ANTT (Agência Nacional
de Transportes Terrestres)
quer adiar, pela segunda vez, a
licitação das linhas interestaduais e internacionais de transporte rodoviário de passageiros. A agência reguladora solicitou o adiamento ao TCU (Tribunal de Contas da União) e ao
Ministério Público. Ainda não
houve resposta desses órgãos.
Inicialmente, a licitação deveria ter acontecido em outubro do ano passado. Em setembro, no entanto, houve a prorrogação para o final de 2009.
Agora, se o pedido da ANTT for
atendido, deverá ficar para novembro de 2010.
Embora a necessidade de licitação seja constitucional,
apenas 25 linhas passaram à
iniciativa privada dessa forma,
em um processo que ocorreu
entre 1998 e 2001 e fracassou
-a maioria das empresas participantes entrou na Justiça para
não pagar o valor que haviam
oferecido pela concessão.
De acordo com a agência reguladora do setor, a licitação foi
adiada novamente porque os
dados informados pelas próprias empresas que atualmente
prestam o serviço estão defasados. A licitação estava sendo
planejada levando em conta a
frota existente em 2006. Isso,
segundo a agência, poderia
comprometer a licitação e o
serviço oferecido aos usuários.
Polêmica
O governo pretende licitar
1.475 ligações rodoviárias, em
125 lotes. Deverá vencer a licitação a empresa ou o consórcio
que oferecer a menor tarifa,
respeitado o teto a ser fixado no
edital. No entendimento do governo, as empresas tiveram
seus contratos encerrados em
outubro do ano passado e passaram a operar por autorização
especial.
As empresas entendem de
forma diferente. Segundo elas,
seus contratos estão válidos até
2023. Grandes empresas do setor, como a Itapemirim, já têm
decisão judicial garantindo a
manutenção dos contratos.
Na proposta da ANTT, serão
realizados estudos de demanda
entre novembro de 2009 e
março de 2010, abrangendo assim meses com maior movimentação de passageiros e meses de baixa temporada.
O objetivo é dimensionar
adequadamente a frota para
atender a demanda. Os novos
contratos, que terão validade
de 15 anos, devem atender a um
sistema de transporte que tenha qualidade, segurança e modicidade tarifária.
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