São Paulo, sexta-feira, 26 de junho de 2009

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Redes sociais viram vedete em Cannes

DA ENVIADA ESPECIAL A CANNES

Enquanto em 2008 a palavra de ordem do festival de Cannes foi convergência, neste ano o futuro da comunicação parece estar ligado às redes sociais. Facebook, Twitter e LinkedIn, entre outros, estão na boca de todos os publicitários.
Apesar de muito usadas nos mercados maduros, apenas uma, entre as dezenas de campanhas com essas ferramentas, mostrou-se eficiente: a de Barack Obama à Presidência dos Estados Unidos.
David Plouffe, coordenador da campanha de Obama, mereceu os aplausos mais longos dos publicitários, entre todas as palestras que aconteceram no festival até agora. Um vídeo, que mostrava o engajamento dos americanos em torno do ideal apresentado por Obama, arrancou lágrimas da plateia. "Não há nada mais eficiente do que pessoas falando com pessoas", disse Plouffe. "Foi o que fizemos e ainda fazemos."
O resultado é que, dos US$ 580 milhões arrecadados em dois anos de campanha, 91% vieram de doadores individuais. Foram 4 milhões de contribuintes, sendo que a maioria eram estudantes e aposentados.
"Em vez de coquetéis chiques, arrecadamos dinheiro de cidadãos que jamais tinham perdido uma hora discutindo política até então", afirmou Plouffe.
Sem o apelo de uma causa, as empresas, no entanto, têm encontrado dificuldades em usar a mesma estratégia. O Burger King perdeu o Grand Prix de internet, num caso que usava o Facebook. O usuário americano que "matasse" um amigo, deletando-o de sua rede, ganhava um sanduíche Whopper.
Apesar de ser sucesso de público, o Facebook proibiu a prática. E o júri de Cannes, por achar a mensagem muito agressiva, concedeu um Leão de ouro à campanha, em vez do prêmio máximo.
Ontem foram divulgados os finalistas da categoria de filmes. Sete dos 260 selecionados são brasileiros.


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