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Redes sociais viram vedete em Cannes
DA ENVIADA ESPECIAL A CANNES
Enquanto em 2008 a palavra de ordem do festival de
Cannes foi convergência,
neste ano o futuro da comunicação parece estar ligado
às redes sociais. Facebook,
Twitter e LinkedIn, entre
outros, estão na boca de todos os publicitários.
Apesar de muito usadas
nos mercados maduros, apenas uma, entre as dezenas de
campanhas com essas ferramentas, mostrou-se eficiente: a de Barack Obama à Presidência dos Estados Unidos.
David Plouffe, coordenador da campanha de Obama,
mereceu os aplausos mais
longos dos publicitários, entre todas as palestras que
aconteceram no festival até
agora. Um vídeo, que mostrava o engajamento dos
americanos em torno do
ideal apresentado por Obama, arrancou lágrimas da
plateia. "Não há nada mais
eficiente do que pessoas falando com pessoas", disse
Plouffe. "Foi o que fizemos e
ainda fazemos."
O resultado é que, dos US$
580 milhões arrecadados em
dois anos de campanha, 91%
vieram de doadores individuais. Foram 4 milhões de
contribuintes, sendo que a
maioria eram estudantes e
aposentados.
"Em vez de coquetéis chiques, arrecadamos dinheiro
de cidadãos que jamais tinham perdido uma hora discutindo política até então",
afirmou Plouffe.
Sem o apelo de uma causa,
as empresas, no entanto, têm
encontrado dificuldades em
usar a mesma estratégia. O
Burger King perdeu o Grand
Prix de internet, num caso
que usava o Facebook. O
usuário americano que "matasse" um amigo, deletando-o de sua rede, ganhava um
sanduíche Whopper.
Apesar de ser sucesso de
público, o Facebook proibiu
a prática. E o júri de Cannes,
por achar a mensagem muito
agressiva, concedeu um Leão
de ouro à campanha, em vez
do prêmio máximo.
Ontem foram divulgados
os finalistas da categoria de
filmes. Sete dos 260 selecionados são brasileiros.
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