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ENERGIA
Estatal terá no máximo 368 campos para exploração e produção de petróleo, diz agência
ANP define hoje áreas para Petrobrás
VANESSA ADACHI
enviada especial ao Rio
Em reunião hoje, a ANP (Agência Nacional de Petróleo) definirá
que áreas de exploração e produção de petróleo serão concedidas à
Petrobrás. Até ontem, a agência
que regula o setor havia chegado a
368 áreas para a estatal.
No entanto, segundo o diretor-geral da ANP, David Zylbersztajn, esse dado ainda é preliminar,
embora muito próximo do número final. A única coisa certa é que
essa é a quantidade máxima de
áreas que ficará para a Petrobrás
dentro do novo modelo de flexibilização do monopólio do petróleo.
"A Petrobrás pode ficar com
menos de 10% das bacias sedimentares", disse Zylbersztajn. A
empresa solicitou 11,6% das bacias
à agência.
A Petrobrás havia solicitado à
ANP 391 áreas, das quais 206 são
de produção (etapa em que o petróleo já está em produção), 52, de
desenvolvimento (etapa avançada
de pesquisa), e 133, de exploração
(etapa inicial de pesquisa).
Dentro das 368 áreas definidas
até ontem, 199 são de produção,
54, de desenvolvimento, e 115, de
exploração.
Pela nova Lei do Petróleo, editada no ano passado, a Petrobrás
deixa de ter o monopólio para ser
concessionária das áreas. O mesmo direito será estendido a outras
empresas da iniciativa privada.
As áreas em que a Petrobrás já
extrai petróleo para comercialização, segundo a lei, têm que ser automaticamente entregues a ela.
Nas áreas de exploração e desenvolvimento, no entanto, a estatal
tem que comprovar capacidade
técnica e financeira para mantê-las.
Ameaça
Em consequência da ameaça de
morte recebida na quarta-feira,
desde ontem o diretor-geral da
ANP, que é genro do presidente
Fernando Henrique Cardoso, passou a ser acompanhado pela segurança presidencial também no Rio
de Janeiro. Antes, essa proteção só
era usada por ele em São Paulo.
Zylbersztajn afirmou que a Petrobrás foi usada como bode expiatório no episódio.
Poder
Medida provisória publicada
ontem no "Diário Oficial" da
União amplia os poderes de fiscalização da ANP (Agência Nacional
de Petróleo) sobre as atividades
relativas ao abastecimento de
combustível no país.
A medida prevê multas de até R$
5 milhões, além da apreensão de
produtos comercializados ilegalmente e da cassação do registro,
perante a ANP, das fraudadoras.
Colaborou a Sucursal de Brasília
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