São Paulo, sexta, 26 de junho de 1998

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Greve pode parar GM nos EUA e no Canadá

das agências internacionais

A General Motors está se preparando para interromper a produção em todas as fábricas na América do Norte e mandar seus funcionários para casa, em consequência da greve em duas unidades de autopeças da cidade de Flint, em Michigan, nos Estados Unidos.
Segundo o Wall Street Journal, que divulgou a notícia, a informação estava em uma circular que foi distribuída entre os executivos da empresa.
Não seriam atingidas apenas as atividades relacionadas ao desenvolvimento da nova picape que a GM vai lançar.
O porta-voz da empresa, John Mueller, negou que a empresa tenha planos imediatos de interromper a produção de mais fábricas por causa da greve em Flint.

Sem trabalhar
O número de funcionários dispensados do trabalho com a paralisação pode chegar aos 224 mil com o fechamento de todas as fábricas da América do Norte.
Hoje, 146 mil estão sem trabalhar por causa da falta de peças. Segundo analistas, a interrupção total da produção pode custar à GM um prejuízo de mais de US$ 75 milhões por dia.
A greve, organizada pelo United Auto Workers, sindicato da categoria, já dura 21 dias e atinge 9.200 funcionários de duas fábricas de autopeças em Michigan. A falta de peças está provocando a suspensão da produção de veículos em várias outras unidades.
O sindicato quer mais investimentos nas fábricas e manutenção de uma política que permite trabalhar seis horas e meia e ganhar por oito. Além disso, é contra a demissão de 2.500 trabalhadores para contratar terceirizados.
A GM cogita ainda fechar permanentemente algumas de suas fábricas e interromper a produção de algumas linhas para não continuar enfrentando o sindicato.



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