São Paulo, quinta-feira, 26 de julho de 2001

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MERCADO FINANCEIRO

Moeda dos EUA fecha vendida a R$ 2,488, alta de 0,73%; mercado também opera atento ao FMI

Impasse na Argentina pressiona o dólar

DA REPORTAGEM LOCAL

À espera da votação do pacote fiscal argentino pelo Senado, o dólar voltou a fechar com valorização. Os investidores procuraram fortemente a moeda dos EUA, o que a fez subir mais 0,73%, vendida a R$ 2,488.
A procura por proteção contra a oscilação no preço do dólar anulou o efeito da atuação do Banco Central e da entrada de aproximadamente US$ 200 milhões trazidos por uma montadora.
Com a difícil negociação política na Argentina para a aprovação do plano que pretende zerar o déficit do país, empresas voltaram a aumentar a busca por "hedge" nesta semana.
Para a diretora de câmbio da AGK, Miriam Tavares, além do desenrolar da crise Argentina, o mercado está atento à negociação do Brasil com o FMI (Fundo Monetário Internacional).
Apesar de o FMI ter informado que apenas iniciou uma "conversa informal" com o governo brasileiro, o mercado mantém a expectativa de que saia um acordo que ajude o Brasil a diminuir o impacto do contágio da crise argentina na economia.
A intervenção do BC no câmbio ontem custou aos cofres aproximadamente US$ 50 milhões, mantendo a média diária vendida desde o último dia 5.
No pregão da BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), a negociação com contratos de dólar tem crescido nos últimos dias. O volume negociado ontem com esses contratos ficou em R$ 10,4 bilhões, 17% maior que o giro de uma semana atrás.
Já os juros futuros, depois de subirem no início dos negócios, recuaram um pouco no fim do dia. No contrato DI (juro interbancário) mais negociado na BM&F, o de outubro, a taxa ficou em 22,48% anuais.
Na Bolsa de Valores de São Paulo, o principal índice encerrou o dia com alta de 1,58%. O volume financeiro de R$ 822 milhões foi inflado pelo leilão realizado com as ações da Vale do Rio Doce, responsáveis pela metade do giro.
Na opinião de Charles Phillipp, da corretora SLW, o mercado tem tudo para subir. "Mesmo que seja uma correção técnica."
As ações das empresas de energia elétrica foram destaque no pregão de ontem, liderando as altas. O papel ON (com direito a voto) da Gerasul foi o que fechou com o maior ganho: 5,9%.
(FABRICIO VIEIRA)



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