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MERCADO FINANCEIRO
Moeda dos EUA fecha vendida a R$ 2,488, alta de 0,73%; mercado também opera atento ao FMI
Impasse na Argentina pressiona o dólar
DA REPORTAGEM LOCAL
À espera da votação do pacote
fiscal argentino pelo Senado, o
dólar voltou a fechar com valorização. Os investidores procuraram fortemente a moeda dos
EUA, o que a fez subir mais
0,73%, vendida a R$ 2,488.
A procura por proteção contra a
oscilação no preço do dólar anulou o efeito da atuação do Banco
Central e da entrada de aproximadamente US$ 200 milhões trazidos por uma montadora.
Com a difícil negociação política na Argentina para a aprovação
do plano que pretende zerar o déficit do país, empresas voltaram a
aumentar a busca por "hedge"
nesta semana.
Para a diretora de câmbio da
AGK, Miriam Tavares, além do
desenrolar da crise Argentina, o
mercado está atento à negociação
do Brasil com o FMI (Fundo Monetário Internacional).
Apesar de o FMI ter informado
que apenas iniciou uma "conversa informal" com o governo brasileiro, o mercado mantém a expectativa de que saia um acordo
que ajude o Brasil a diminuir o
impacto do contágio da crise argentina na economia.
A intervenção do BC no câmbio
ontem custou aos cofres aproximadamente US$ 50 milhões,
mantendo a média diária vendida
desde o último dia 5.
No pregão da BM&F (Bolsa de
Mercadorias & Futuros), a negociação com contratos de dólar
tem crescido nos últimos dias. O
volume negociado ontem com esses contratos ficou em R$ 10,4 bilhões, 17% maior que o giro de
uma semana atrás.
Já os juros futuros, depois de subirem no início dos negócios, recuaram um pouco no fim do dia.
No contrato DI (juro interbancário) mais negociado na BM&F, o
de outubro, a taxa ficou em
22,48% anuais.
Na Bolsa de Valores de São Paulo, o principal índice encerrou o
dia com alta de 1,58%. O volume
financeiro de R$ 822 milhões foi
inflado pelo leilão realizado com
as ações da Vale do Rio Doce, responsáveis pela metade do giro.
Na opinião de Charles Phillipp,
da corretora SLW, o mercado tem
tudo para subir. "Mesmo que seja
uma correção técnica."
As ações das empresas de energia elétrica foram destaque no
pregão de ontem, liderando as altas. O papel ON (com direito a voto) da Gerasul foi o que fechou
com o maior ganho: 5,9%.
(FABRICIO VIEIRA)
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