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AVIAÇÃO
As três companhias do grupo vão operar como se fossem apenas uma empresa
Varig decide integrar operações
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
Para reduzir custos e aumentar
a rentabilidade, o grupo Varig está integrando todas as operações
de suas três companhias áreas
-Varig, Rio Sul e Nordeste.
Com a reestruturação, as metas
são elevar a ocupação dos aviões
de 58% para 70% e ampliar a rentabilidade sobre o faturamento no
longo prazo de 4% para 8%.
O objetivo de integrar as atividades das companhias é aproveitar melhor os aviões, as estruturas
de aeroportos e o material humano. Demissões não estão descartadas, apesar de ainda não haver
uma decisão sobre o assunto.
Com a operação, será possível,
por exemplo, usar aviões da Varig
em rotas da Rio Sul. Ou comprar
bilhetes da Nordeste e voar pela
Varig.
A Varig decidiu que devolverá
11 Boeing 737 até setembro. São
aviões contratados por leasing
com a americana GE, que não baixou o preços dos contratos, obrigando a Varig a devolvê-los.
O diretor de Planejamento da
Varig, Alberto Fajerman, disse
que isso não significa que o grupo
-hoje com 111 aviões- terá um
número menor de aeronaves
voando. Segundo ele, está sendo
feita uma adequação das rotas à
procura por passagens.
A Varig também vai reduzir de
nove para seis os vôos diários para a Argentina. Segundo a empresa, essa será, no curto prazo, a
única alteração nas rotas, motivada pela redução nas vendas desde
o agravamento da crise argentina.
"Não podemos ter nove vôos
diários para Argentina nesse momento. Não há demanda para isso", disse Fajerman.
Capitalização
Em relação ao seu projeto de capitalização, a Varig nega que está
pedindo um empréstimo-ponte
ao BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e
Social) para se manter voando até
conseguir fechar a operação.
O diretor de Relações com Investidores da Varig, Manoel Gudes, disse que quer que o banco
participe dos negócios como sócio e atraindo investidores. Mas
afirmou que um novo financiamento só aumentaria a já elevada
dívida de US$ 900 milhões.
A Varig negocia uma participação do BNDES em seu aumento
de capital, que visa reduzir o endividamento que estrangula o caixa
da empresa. Do BNDES, devem vir até R$ 300 milhões. Ao todo, a
operação deve chegar a R$ 1 bilhão -o que abateria pouco mais
de 30% da dívida.
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