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Duhalde critica duramente declarações do FMI
DE BUENOS AIRES
O presidente argentino, Eduardo Duhalde, e o ministro da Economia, Roberto Lavagna, fizeram
ontem duras críticas à vice-diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Anne
Krueger.
Pouco antes de viajar ao Equador, onde vai participar da reunião de cúpula dos países da
América do Sul, Duhalde pediu
"mais prudência" a Krueger, que
havia dito no Brasil que o acordo
de seu país com o FMI ainda estaria distante.
A declaração foi feita há três
dias. Na ocasião, ainda estava na
Argentina uma missão formada
por quatro economistas estrangeiros "notáveis" indicados pelo
Fundo para analisar a solução para os problemas do sistema financeiro local.
Duhalde disse que os economistas devem apresentar um relatório apenas na próxima semana e
se disse confiante em um parecer
positivo que permita o fechamento do acordo com a instituição em
agosto.
Já o ministro Lavagna disse, em
entrevista ao jornal "La Nación",
que o Fundo havia se comprometido a não dar declarações negativas enquanto não conhecesse o
parecer da comissão dos "notáveis".
"A função dos "notáveis" é dar
conselhos a ambas as partes [para
o FMI e para a Argentina". Por isso, não acredito que tenha sido
um momento oportuno [para tais
declarações"", afirmou o ministro.
Lavagna também disse que as
restrições bancárias impostas pelo "corralito" (o bloqueio de depósitos criado pelo governo em
dezembro de 2001) só poderão ser
flexibilizadas como pede o Fundo
quando houver uma solução definitiva para a fuga de dinheiro dos
bancos por meio de processos judiciais.
Segundo ele, o decreto divulgado anteontem pelo governo argentino que adia até janeiro o pagamento de recursos liberados
dos bancos pela Justiça é apenas
uma solução "temporária" para o
problema. (JS)
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