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Redução das operações internacionais beneficia concorrentes estrangeiras
DA SUCURSAL DO RIO
A suspensão da maioria dos
vôos da Varig para o exterior
trouxe benefícios para as empresas estrangeiras. De acordo
com o consultor de aviação
Paulo Sampaio, o passageiro
está sendo "quase obrigado" a
utilizar os serviços de outras
companhias aéreas.
Em alguns destinos da América do Sul, a falta de opções de
outras companhias nacionais é
mais evidente. Empresas como
a Taca, que faz a manutenção
dos aviões da Gol, estão aproveitando a brecha para atrair
novos clientes.
A Varig era a única empresa a
ligar São Paulo a capital venezuela, Caracas. Com a suspensão dos vôos, o consumidor pode viajar pela Taca, companhia
de aviação da América Central,
com um vôo de São Paulo a Lima e conexões para Bogotá, Caracas e também a outros destinos na América Central. O custo da passagem fica em torno de
US$ 1.700 (R$ 3.740).
Segundo Sampaio, o trecho
São Paulo-Bogotá passou a ser
operado somente pela Avianca,
do empresário German Efromovich. No Peru, a Taca e a Lan
Chile fazem vôos para Lima.
As companhias nacionais
também estão aproveitando o
período de férias e a escassez de
vôos. De acordo com o consultor, a Gol ganhou espaço nos
vôos para Santa Cruz de la Sierra (Bolívia) e Assunção (Paraguai). Em Santiago, as principais beneficiadas são a Lan Chile e a TAM. Em Montevidéu
(Uruguai), Pluna e Gol estão assumindo os vôos. O destino que
tem maior procura -e falta de
assentos- é Buenos Aires, com
oferta de vôos de TAM, Gol e
Aerolíneas Argentinas.
Fora da América Latina, na
opinião de Sampaio, as principais beneficiadas são Alitalia,
Iberia, TAP, Air France, British
Airways e Lufthansa. Elas assumiram passageiros nas rotas
mais rentáveis da Varig, como
Milão, Frankfurt (que teve redução no número de vôos), Paris e Londres. "Acabaram os
preços promocionais e os vôos
estão lotados para esses destinos", disse o consultor.
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