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GUILHERME BARROS - guilherme.barros@grupofolha.com.br
Centrais sindicais discutem eleições 2010
Força Sindical e CUT, as duas
maiores centrais do país, vão
discutir em seus congressos nacionais, marcados para esta e
para a próxima semana, respectivamente, quem pretendem
apoiar nas eleições de 2010.
A maior parte dos dirigentes
da Força (ou 90% deles) deve
dar apoio à ministra Dilma
Rousseff (Casa Civil), nome
mais cotado no PT para suceder Lula, caso o PSDB confirme
José Serra para disputar o cargo de presidente.
"Quando o governador Serra
atendeu os sindicalistas? Na
greve dos policiais civis [quando houve confronto entre policiais militares e civis no final de
2008] e na dos professores da
USP, deu para notar como ele
trata o movimento sindical.
Apoiamos quem tem ligação
com temas trabalhistas", diz o
deputado Paulo Pereira da Silva (PDT), presidente da Força.
Se o nome do governador mineiro, Aécio Neves, for o escolhido para disputar a candidatura tucana à Presidência, o cenário na Força é outro. Nesse
caso, 70% dos dirigentes da
Força tendem a apoiar o PSDB.
A terceira hipótese é se o deputado federal Ciro Gomes
(PSB) não tiver apoio do PT para se candidatar ao governo
paulista e decidir concorrer à
Presidência. "Nesse caso, 30%
devem defender o nome de Ciro. Dilma também teria esse
mesmo percentual. E 40% dos
dirigentes devem apoiar Aécio", diz Paulinho. A discussão
na Força deve envolver 3.500
dirigentes de 1.600 sindicatos.
A CUT, central historicamente ligada ao PT, informa
que em seu congresso o debate,
que deve envolver 2.300 dirigentes, será feito sobre "projetos", e não "candidatos". Mas
um fato é certo: os dirigentes
são contra a candidatura Serra.
"Somos contra qualquer candidato com esse perfil", diz João
Felício, secretário de Relações
Internacionais da CUT. "Qualquer candidato contra o Serra
terá nosso apoio." Quintino Severo, secretário-geral da CUT,
diz que Dilma é a mais "afinada" com o projeto dos cutistas.
Rotatividade no Emiliano aumentou após a crise global
A equipe de mordomia do
Emiliano ficou enlouquecida
após o aprofundamento da crise. A operação do luxuoso hotel
em São Paulo não caiu. Pelo
contrário, o trabalho cresceu,
apesar do alto valor das diárias,
que podem chegar a R$ 2.000.
"Como o hotel só tem 57
quartos, a ocupação não caiu,
mas a crise trouxe mudança no
perfil do hóspede", diz Gustavo
Filgueiras, diretor-executivo.
Os executivos de bancos de
investimentos, público assíduo
no passado, sumiram, dando
lugar a um novo tipo de investidor. "Esse setor foi compensado por pessoas que têm vindo
prospectar negócios no país."
Para reduzir gastos, os hóspedes, que costumavam passar
em média 4 dias no hotel, agora
ficam 1,5 dia. "O tempo de permanência caiu e o número de
entradas diárias subiu."
O Emiliano é famoso pelo nível de detalhamento com que
personaliza seus serviços. Cada
vez que um novo hóspede chega ao hotel, o quarto é arrumado de acordo com as suas preferências, que a equipe de mordomia verifica em um banco de
dados que acumula informações como o tipo de chocolate
preferido, o xampu adequado e
o lado da cama em que o cliente
gosta de encostar seu travesseiro ou os controles remotos.
O hotel teve que ganhar velocidade com a alta da rotatividade. "A operação ficou mais puxada nos últimos meses."
CIDADE JARDIM X IGUATEMI
Os shoppings Cidade Jardim e Iguatemi, dois templos do
luxo em São Paulo, estão em disputa. A chegada do Cidade
Jardim, onde a Baked Potato leva ovas de esturjão, obrigou
o Iguatemi a retirar marcas "populares" para inaugurar lojas
de grife, como a Gucci. Já o shopping Cidade Jardim segue
no caminho inverso: vai abrir 60 lojas com produtos que
oferecem preços mais acessíveis aos clientes. "Nós queremos atrair mais consumidores," afirma José Auriemo Neto,
presidente da JHSF, dona do Cidade Jardim, que faturou R$
7,9 milhões no primeiro trimestre deste ano. A receita registrada pelo Iguatemi, no mesmo período, ficou em R$ 26,1
milhões.
EM EXPANSÃO
A Allis, de gestão de pessoas, negocia a aquisição de
duas concorrentes. A empresa também procura um local
para unificar seus escritórios
em São Paulo.
PRESENTE
As consultas de varejistas
à Allis para contratação de
trabalhadores temporários
para o Dia dos Pais e para o
Dia das Crianças está 25%
maior do que em 2008.
FISCALIZAÇÃO
Alcides Amazonas Araújo dos Santos, coordenador da ANP (Agência Nacional do Petróleo) em São Paulo, afirma que a agência fiscaliza ao menos quatro postos por semana na capital para verificar a adulteração de combustíveis. Desde maio de 2007, foram vistoriados 2.000 postos: 148 estão interditados, 186 foram abandonados, e 481, notificados para obras de adequação predial.
TOMADA
A hidrelétrica Monjolinho
(RS) deve entrar em operação comercial até o fim do
mês. A capacidade da usina é
de 74 MW de potência, capaz
de abastecer 2% do Estado.
VALE-CULTURA
A Ticket se prepara para
lançar o Ticket Cultura. A
empresa quer atingir um milhão de trabalhadores no primeiro ano e movimentar
R$ 600 milhões em bônus.
CALL CENTER
O vereador José Police
Neto (PSDB) apresenta em
agosto um projeto de "Lei do
SAC" para o funcionalismo
de São Paulo. A lei do SAC federal, que completou sete
meses de vigência, impõe regras de qualidade a call centers de prestadoras de serviço reguladas.
PÚBLICO
A iniciativa tenta enquadrar os órgãos públicos da
capital paulista aos padrões
impostos pela lei. Estima-se
que 91 mil servidores, 65%
do total, serão afetados.
RECLAMAÇÃO
O total de reclamações
contra o atendimento ao público é o segundo na lista da
Ouvidoria Geral de SP. Só
perde para as reclamações
sobre iluminação pública.
Embora o projeto não defina
os padrões de qualidade ao
atendimento, ele define parâmetros do atendimento.
RECLAMAÇÃO 2
A ação também abre caminho para aplicação de multas
às empresas contratadas pela prefeitura, caso o atendimento não esteja de acordo
com as novas regras.
com FÁTIMA FERNANDES (interina), JOANA CUNHA, MARINA GAZZONI, JULIO WIZIACK e CLÁUDIA ROLI
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