São Paulo, domingo, 26 de julho de 2009

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Disputa pela liderança de bancos embute ambição, orgulho e muito dinheiro

DA REPORTAGEM LOCAL

Há algo mais, além de muito dinheiro, na disputa pela liderança do ranking dos maiores bancos brasileiros. Também existem arestas ideológicas e ambições pessoais.
Na semana passada, o presidente Lula orientou o Banco do Brasil a se internacionalizar e comprar o máximo de carteiras de bancos menores para voltar ao posto de maior instituição bancária do país.
A liderança havia sido perdida no ano passado com a fusão entre o Itaú e o Unibanco.
Há quem diga que o BB já voltou a ser o maior do país após comprar a Nossa Caixa e 50% do Banco Votorantim. Mas o governo quer assentar de vez o domínio estatal nesse mercado emblemático do capitalismo moderno.
Há cinco décadas, a disputa era outra. "Olha, Olavo, você vai passar todos eles, mas não a mim." A frase, que parecia profética, foi dita em algum ponto dos anos 60 por Amador Aguiar (morto em 1991), fundador do então líder Bradesco, a Olavo Setubal (morto em 2008), que ergueu o Itaú.
"Meu pai nunca disse explicitamente que queria a liderança", disse à Folha, na última quinta-feira, Roberto Setubal, filho de Olavo e atual presidente-executivo do Itaú Unibanco. "Mas não vou dizer que ele não gostaria."
Roberto Setubal diz que sua família e a de Pedro Moreira Salles, do Unibanco, estão "honradas" por criarem "uma nova instituição tão importante para o país".


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