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Disputa pela liderança de bancos embute ambição, orgulho e muito dinheiro
DA REPORTAGEM LOCAL
Há algo mais, além de muito dinheiro, na disputa pela liderança do ranking dos maiores bancos brasileiros. Também existem arestas ideológicas e ambições pessoais.
Na semana passada, o presidente Lula orientou o Banco do Brasil a se internacionalizar e comprar o máximo de
carteiras de bancos menores
para voltar ao posto de maior
instituição bancária do país.
A liderança havia sido perdida no ano passado com a fusão entre o Itaú e o Unibanco.
Há quem diga que o BB já
voltou a ser o maior do país
após comprar a Nossa Caixa e
50% do Banco Votorantim.
Mas o governo quer assentar
de vez o domínio estatal nesse mercado emblemático do
capitalismo moderno.
Há cinco décadas, a disputa
era outra. "Olha, Olavo, você
vai passar todos eles, mas não
a mim." A frase, que parecia
profética, foi dita em algum
ponto dos anos 60 por Amador Aguiar (morto em 1991),
fundador do então líder Bradesco, a Olavo Setubal (morto
em 2008), que ergueu o Itaú.
"Meu pai nunca disse explicitamente que queria a liderança", disse à Folha, na última quinta-feira, Roberto Setubal, filho de Olavo e atual presidente-executivo do Itaú
Unibanco. "Mas não vou dizer que ele não gostaria."
Roberto Setubal diz que sua família e a de Pedro Moreira Salles, do Unibanco, estão "honradas" por criarem
"uma nova instituição tão importante para o país".
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