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MERCADO FINANCEIRO
Compra de ações com capital externo supera vendas em quase R$ 3 bi no ano; Bovespa cai 0,96%
Estrangeiros seguem confiantes na Bolsa
DA REPORTAGEM LOCAL
O investidor estrangeiro mantém a confiança na Bolsa de Valores de São Paulo. Somente neste
mês, até o dia 20, as compras de
papéis na Bovespa com capital externo superaram as vendas em R$
496,3 milhões. No acumulado de
2003, esse saldo está positivo em
quase R$ 3 bilhões.
Em todo o ano passado, essa diferença foi negativa em R$ 1,4 bilhão. O temor quanto aos rumos
que tomaria a economia brasileira
após as eleições afugentou os investidores.
"O dinheiro dos estrangeiros
tem retornado mês a mês e deve
seguir assim até o fim do ano.
Mesmo com a alta dos últimos
dias, ainda há muitas ações baratas na Bovespa", afirma Michel
Campanella, analista da corretora
Socopa.
Ontem, a Bolsa caiu 0,96%. Foi
o segundo dia seguido de perdas,
após 11 pregões consecutivos no
positivo -fato que não acontecia
desde maio de 1997. No mês, o ganho acumulado do Ibovespa
-índice das 54 ações de maior liquidez- é de 6,6%.
O volume negociado perdeu
força e ficou em R$ 549 milhões.
Na semana passada, a média diária superou R$ 1 bilhão.
Se depender das projeções da
BM&F (Bolsa de Mercadorias &
Futuros), a Bovespa ainda sobe
um pouco nas próximas semanas.
O contrato futuro do Ibovespa fechou projetando o índice a 14.880
pontos na virada de setembro para outubro. Ontem o índice fechou a 14.473 pontos.
As ações de empresas de telefonia foram as que mais sofreram
ontem. Das cinco maiores perdas
do pregão, quatro ficaram com
papéis de teles.
A ação preferencial da Tele Centro Oeste devolveu parte do ganho de 17% acumulado na última
semana e caiu 3,2%. O papel com
direito a voto (ON) da Embratel
Participações recuou 3%, e o PNA
da Telemar Norte Leste caiu 2,5%.
No mercado de câmbio, os negócios foram apáticos e o dólar
oscilou pouco. A moeda norte-americana encerrou as operações
a R$ 2,996, com pequena elevação
de 0,27%.
Os contratos futuros de juros
também tiveram um dia de menor movimentação na BM&F,
com as taxas já ajustadas à nova
Selic, que caiu para 22% ao ano na
última quarta. O DI -juro interbancário- com prazo em dezembro fechou com taxa de
20,46%.
(FABRICIO VIEIRA)
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