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São Paulo, terça-feira, 26 de agosto de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Compra de ações com capital externo supera vendas em quase R$ 3 bi no ano; Bovespa cai 0,96%

Estrangeiros seguem confiantes na Bolsa

DA REPORTAGEM LOCAL

O investidor estrangeiro mantém a confiança na Bolsa de Valores de São Paulo. Somente neste mês, até o dia 20, as compras de papéis na Bovespa com capital externo superaram as vendas em R$ 496,3 milhões. No acumulado de 2003, esse saldo está positivo em quase R$ 3 bilhões.
Em todo o ano passado, essa diferença foi negativa em R$ 1,4 bilhão. O temor quanto aos rumos que tomaria a economia brasileira após as eleições afugentou os investidores.
"O dinheiro dos estrangeiros tem retornado mês a mês e deve seguir assim até o fim do ano. Mesmo com a alta dos últimos dias, ainda há muitas ações baratas na Bovespa", afirma Michel Campanella, analista da corretora Socopa.
Ontem, a Bolsa caiu 0,96%. Foi o segundo dia seguido de perdas, após 11 pregões consecutivos no positivo -fato que não acontecia desde maio de 1997. No mês, o ganho acumulado do Ibovespa -índice das 54 ações de maior liquidez- é de 6,6%.
O volume negociado perdeu força e ficou em R$ 549 milhões. Na semana passada, a média diária superou R$ 1 bilhão.
Se depender das projeções da BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), a Bovespa ainda sobe um pouco nas próximas semanas. O contrato futuro do Ibovespa fechou projetando o índice a 14.880 pontos na virada de setembro para outubro. Ontem o índice fechou a 14.473 pontos.
As ações de empresas de telefonia foram as que mais sofreram ontem. Das cinco maiores perdas do pregão, quatro ficaram com papéis de teles.
A ação preferencial da Tele Centro Oeste devolveu parte do ganho de 17% acumulado na última semana e caiu 3,2%. O papel com direito a voto (ON) da Embratel Participações recuou 3%, e o PNA da Telemar Norte Leste caiu 2,5%.
No mercado de câmbio, os negócios foram apáticos e o dólar oscilou pouco. A moeda norte-americana encerrou as operações a R$ 2,996, com pequena elevação de 0,27%.
Os contratos futuros de juros também tiveram um dia de menor movimentação na BM&F, com as taxas já ajustadas à nova Selic, que caiu para 22% ao ano na última quarta. O DI -juro interbancário- com prazo em dezembro fechou com taxa de 20,46%. (FABRICIO VIEIRA)


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