São Paulo, terça-feira, 26 de agosto de 2003 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
O VAIVÉM DAS COMMODITIES Bom para o Brasil A quebra de safra de grãos na Europa vai favorecer as exportações brasileiras de carne para o Oriente Médio. Esse mercado é disputado com a França, que terá custos maiores de produção devido à quebra na safra de milho, diz Deives Faria da Silva, da FNP Consultoria & Agroinformativos. Seca na França O ministro da Agricultura da França reduziu a estimativa de produção de milho para apenas 12,2 milhões de toneladas, 25% abaixo do volume de 2002. A safra de trigo cai para 29,9 milhões de toneladas, contra a estimativa anterior de 31 milhões. Ruim para os menores Além das oscilações de preços, as pequenas indústrias de arroz vivem um novo problema. As grandes indústrias forçam a alta do arroz em casca para vender os estoques já industrializados por preços abaixo do que os que estão sendo pagos. As indústrias menores não conseguem acompanhar esse movimento e perdem participação no mercado. Para cima Os preços pagos aos produtos agrícolas ganharam força nas últimas semanas no Estado de São Paulo. Nos últimos 30 dias, a alta média de preços foi de 2,65%, segundo dados do Instituto de Economia Agrícola. O que sobe Nelson Martin, coordenador da pesquisa do IEA, destaca que as altas ocorrem principalmente nos setores de carnes e de grãos. A carne de frango ficou 13% mais cara nos últimos 30 dias, enquanto milho e soja subiram 4%, em média. Batata e cebola lideram as quedas. Melhoram as exportações As exportações do agronegócio voltaram a melhorar e devem terminar este mês com saldo maior do que o registrado em agosto de 2002. As receitas com soja somam US$ 42 milhões por dia, e superam em 55% as do ano passado. Já as carnes atingem US$ 17 milhões diários e ficam 47% acima das de agosto de 2002. Mais trigo Os dados do comércio exterior divulgados pela Secex mostram, ainda, que as importações de trigo também cresceram, atingindo US$ 5,7 milhões por dia, com aumento de 19% sobre 2002. Os gastos com adubos e fertilizantes recuaram 41%, e os com leite, 66%. Liderança na carne Em poucos anos, o Brasil assume a posição de líder nas exportações de carne bovina. Com maior volume de produto para exportação e ousadia nas negociações internacionais, os brasileiros têm deixado para trás os argentinos, tradicionais nesse mercado. A análise é dos próprios argentinos. Não-transgênicos O governo chinês diz que em poucos anos será o país com a maior produção de soja não-transgênica. Os chineses vão abrir cinco novas regiões de produção no nordeste do país. Investimentos da Agroceres A Agroceres Ross, empresa de melhoramento genético de frango de corte, investe R$ 22,5 milhões na construção de duas granjas no Vale do Paraíba (SP). O investimento é financiado pelo BNDES, por meio do banco Alfa. E-mail: mzafalon@folhasp.com.br Texto Anterior: Mercado financeiro: Estrangeiros seguem confiantes na Bolsa Próximo Texto: Agrofolha Tecnologia: Controle biológico de praga é pouco usado Índice |
|