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NEGÓCIOS
Necessidade de reestruturação leva Ponto Frio, Champion e Pão de Açúcar a reduzir número de pontos-de-venda
Grandes redes de varejo decidem fechar lojas
ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
As maiores redes de varejo do
país fecharam dezenas lojas que
estão no vermelho como parte de
um processo final de reestruturação de seus negócios. Concorrência acirrada e a maré de desempenhos fracos levaram as companhias a baixarem as portas. Foi
um volume considerável.
O Ponto Frio, "após um criterioso estudo", fechou 20 pontos-de-venda no país, segundo o balancete relativo ao período de
abril a junho. São lojas com faturamento em queda, sendo duas
em São Paulo e uma no Rio de Janeiro. Quatorze pontos deixaram
de existir no Sul do país.
Ao final de junho, mês com o último dado disponível, a rede estava com 333 pontos e 260 mil metros quadrados em área de vendas. Em junho de 2003, eram 354
pontos-de-venda com área total
de 261,5 mil metros quadrados.
A direção do Ponto Frio, que em
2003 foi alvo de fortes rumores sobre a venda do negócio, não quis
comentar o assunto. A assessoria
de imprensa informou que esse
processo de fechamento de lojas
se concentrou em pontos deficitários da cadeia gaúcha Disapel, adquirida em 2000, e faz parte de um
projeto de reestruturação da rede.
No setor de supermercados, a
cadeia Champion, pertencente ao
Carrefour, fechou 20 pontos de
venda nos últimos tempos, segundo o diretor-superintendente
da empresa Jean Marc Pueyo. O
processo de fechamento começou
nos primeiros meses de 2003 e se
estendeu por 18 meses (o que
equivale a cerca de uma loja por
mês). "Eram lojas deficitárias e
que estavam fora de nosso plano
de reestruturação", disse Pueyo.
O Champion tem 98 unidades
hoje. Em setembro de 2003, portanto, há um ano, possuía 110.
Ainda não há um plano de abertura de pontos para a rede em
2005. Novas unidades não foram
abertas em 2004.
Na rede concorrente, o grupo
Pão de Açúcar, a mudança ocorreu no CompreBem Barateiro.
Em maio a cadeira fechou oito lojas, após um período de quatro
meses de debates internos sobre o
reposicionamento da bandeira.
Nesse processo, foi definido não
só o fechamento dos pontos mas
o fim da marca Barateiro e a manutenção do nome CompreBem.
"A minha tolerância para loja
deficitária é zero. Odeio esse esporte de fechar lojas, mas não tem
jeito", diz Hugo Bethlem, diretor-executivo do CompreBem.
Nesse cenário, pesa a concorrência entre as empresas -há lojas rivais disputando o mesmo
quarteirão das grandes capitais.
Isso tem exigido operações enxutas e tolerância reduzida a lojas
com vendas em queda.
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