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Brasil já pensa em estratégia para longo prazo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Com o aumento de US$
100 bilhões das reservas
internacionais só nos últimos 18 meses e a perspectiva de o fluxo de dólares
para o Brasil crescer ainda
mais se o país atingir o
grau de investimento na
classificação das agências
de avaliação de risco, o governo está à caça de alternativas para elevar a rentabilidade da poupança
pública. A criação de um
fundo soberano de reservas é uma possibilidade já
colocada em pauta.
Mas, segundo a Folha
apurou, ao contrário de
outras economias emergentes como China, Coréia, Chile, Taiwan e Malásia, o Brasil ainda deve
levar algum tempo para se
aventurar nesse mercado.
Segundo técnicos da
área econômica ouvidos
pela Folha, o governo brasileiro já deu os primeiros
passos para diversificar e
aumentar o rendimento
das reservas brasileiras.
Uma parcela mínima, US$
1,9 bilhão, já havia sido
terceirizada em 2000.
Nos últimos meses, antes da intensificação das
turbulência nos mercados, o Banco Central, que
administra as reservas
brasileiras, tem reduzido
lentamente as aplicações
em ouro e títulos de curto
prazo do Tesouro americano e buscado investimentos em outras moedas
estrangeiras e papéis dos
EUA de prazos maiores.
Essa é considerada a
primeira etapa. Apesar de
os fundos soberanos serem considerados uma
evolução natural dos mercados devido ao aumento
das reservas dos países, o
histórico brasileiro de reservas da magnitude de
US$ 160 bilhões ainda é
considerado recente.
Antes de partir para
operações mais agressivas, é preciso definir qual
o melhor nível de reservas
para dar segurança ao governo diante de adversidades no cenário externo.
(SHEILA D'AMORIM)
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