São Paulo, domingo, 26 de agosto de 2007

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Brasil já pensa em estratégia para longo prazo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Com o aumento de US$ 100 bilhões das reservas internacionais só nos últimos 18 meses e a perspectiva de o fluxo de dólares para o Brasil crescer ainda mais se o país atingir o grau de investimento na classificação das agências de avaliação de risco, o governo está à caça de alternativas para elevar a rentabilidade da poupança pública. A criação de um fundo soberano de reservas é uma possibilidade já colocada em pauta.
Mas, segundo a Folha apurou, ao contrário de outras economias emergentes como China, Coréia, Chile, Taiwan e Malásia, o Brasil ainda deve levar algum tempo para se aventurar nesse mercado.
Segundo técnicos da área econômica ouvidos pela Folha, o governo brasileiro já deu os primeiros passos para diversificar e aumentar o rendimento das reservas brasileiras. Uma parcela mínima, US$ 1,9 bilhão, já havia sido terceirizada em 2000.
Nos últimos meses, antes da intensificação das turbulência nos mercados, o Banco Central, que administra as reservas brasileiras, tem reduzido lentamente as aplicações em ouro e títulos de curto prazo do Tesouro americano e buscado investimentos em outras moedas estrangeiras e papéis dos EUA de prazos maiores.
Essa é considerada a primeira etapa. Apesar de os fundos soberanos serem considerados uma evolução natural dos mercados devido ao aumento das reservas dos países, o histórico brasileiro de reservas da magnitude de US$ 160 bilhões ainda é considerado recente.
Antes de partir para operações mais agressivas, é preciso definir qual o melhor nível de reservas para dar segurança ao governo diante de adversidades no cenário externo. (SHEILA D'AMORIM)

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