DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Depois de um começo de ano mais positivo, o volume de investimento estrangeiro direto para o Brasil caiu pelo terceiro mês seguido, de acordo com dados do Banco Central. No mês passado, o fluxo de capital externo para o país ficou em US$ 1,29 bilhão -o resultado mais baixo desde fevereiro do ano passado.
O resultado de julho foi influenciado pelo lançamento de ações da Visanet ocorrido em junho. Na operação, os controladores da empresa venderam parte de seus papéis no mercado, e um desses vendedores foi a Visa International.
Pelos critérios do BC, a venda efetuada pela matriz da Visa foi contabilizada como uma saída de investimento estrangeiro do país, o que teve impacto de US$ 850 milhões nas estatísticas de julho, mês em que os pagamentos por essa venda foram efetivamente feitos.
Mesmo desconsiderando essa operação, a tendência de queda no fluxo de investimentos não se altera. Em abril, o país chegou a receber US$ 3,41 bilhões em capital externo, mas de lá para cá os resultados foram se reduzindo.
Neste mês, segundo dados parciais fechados ontem pelo BC, o país já recebeu US$ 1,4 bilhão, valor que, segundo projeções da instituição, deve subir para US$ 1,5 bilhão até o dia 31. Confirmada essa estimativa, o Brasil terá recebido US$ 15,5 bilhões em investimentos no período de oito meses.
O BC espera que, até o final de 2009, esse valor suba para US$ 25 bilhões. Para que isso aconteça, o ingresso médio de capital externo no país teria de ser de US$ 2,38 bilhões por mês. Nos primeiros oito meses do ano, em apenas duas ocasiões os investimentos superaram os US$ 2 bilhões.
O chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, ressalta que nos últimos meses se observa uma recuperação nas aplicações de estrangeiros na Bovespa, o que ajuda a compensar a queda nos investimentos diretos.


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