São Paulo, domingo, 26 de setembro de 2004

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Nova unida de do Sesc-SP sai por R$ 55 mi

DA REPORTAGEM LOCAL

Um indicador do volume de recursos que o sistema S arrecada são os grandes empreendimentos que mantém. O Sesc, por exemplo, acaba de inaugurar um centro cultural desportivo no bairro de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, que foi orçado em R$ 55 milhões -R$ 15 milhões a mais do que o previsto no início da obra, há oito anos.
Com 36 mil m2 de área construída, o Sesc Pinheiros reúne teatro com cerca de mil lugares, auditório, sala de leitura e jogos, oficinas de arte, ginásios poliesportivos, piscinas cobertas e aquecidas, clínica odontológica e restaurante.
"Não pegamos recursos públicos nem empréstimos de instituições financeiras. As obras são financiadas com recursos próprios", afirma Danilo Santos de Miranda, diretor regional do Sesc no Estado de São Paulo.
Com um orçamento anual próximo a R$ 900 milhões, o Sesc paulista possui 30 endereços -16 na Grande São Paulo e 14 no interior e no litoral. No Brasil, são 400 unidades, que empregam cerca de 10 mil pessoas.

Expansão
No Estado de São Paulo, a meta é expandir o número de unidades. Miranda diz que existe plano para a construção de mais oito prédios na capital e mais três no interior. Cada unidade está orçada entre R$ 40 milhões e R$ 60 milhões. "Precisamos crescer para atender melhor a população", declara.
No início do ano que vem, o Sesc inaugura nova unidade no bairro de Santana, na zona norte. Neste ano deve iniciar ainda obras em unidades nos bairros do Belenzinho e do Bom Retiro.
Miranda diz que a reestruturação na administração do sistema S, do jeito que quer o governo, "não tem a menor chance de funcionar. Temos uma forma ágil de administrar. Já temos nos conselhos regionais do Sesc um representante dos trabalhadores e dois ou três do governo", diz.
O governo, na sua análise, não vai conseguir unificar as estruturas do sistema S porque "cada S tem um jeito de operar. O Sesi, voltado aos empregados da indústria tem um modo de lidar com as pessoas completamente diferente do comércio, que tem uma característica mais urbana".
Para ele, o sistema S é uma das experiências mais bem-sucedidas do país. "O governo não deve mexer num dos melhores exemplos de prestação de serviços aos trabalhadores", afirma. (FF e CR)


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