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Bolsa respira com expectativa de pacote
Mercados fecham antes de impasse em Washington; Bovespa ganha 3,98%, e Dow Jones, 1,82%, puxado por bancos
Ações do setor bancário e da
Petrobras ajudam a Bovespa
a terminar em alta; com o
mercado mais calmo, dólar
recua 1,94%, para R$ 1,822
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Os investidores se animaram
ontem com o Congresso americano. Abriram com o anúncio
de acordo para o plano de socorro aos mercados e fecharam
antes do anúncio das dificuldades para aprová-lo. Assim, a Bovespa esteve entre as Bolsas
que mais se apreciaram no
mundo, com alta de 3,98%.
No mercado de câmbio, a
menor tensão resultou em depreciação do dólar, que encerrou em baixa de 1,94% diante
do real, negociado a R$ 1,822.
A informação de que os líderes partidários nos EUA haviam chegado a acordo em torno dos pontos básicos do plano
de socorro do governo Bush
deixou os mercados respirarem. Em Nova York, o índice
Dow Jones teve alta de 1,82%; e
a Nasdaq, 1,43%.
Na Europa, as altas foram um
pouco mais fortes: a Bolsa de
Paris teve ganhos de 2,73%, e a
de Londres se valorizou 1,99%.
Na América Latina, Buenos Aires subiu 3,15%; México, 2,81%.
A Bovespa esteve em terreno
positivo durante todo o pregão
de ontem. No pico do dia, subiu
4,06%. No fim do pregão, marcava 51.828 pontos. Mesmo
com a forte alta, a queda da Bolsa no mês está em 6,92%.
"A aprovação do pacote vai
trazer alívio ao mercado. Porém, não vai significar o fim da
crise, pois ainda há pontos que
trazem bastante preocupação,
como a desaceleração da economia mundial e os problemas
que enfrenta o setor imobiliário norte-americano", afirma
Álvaro Bandeira, presidente da
Apimec (Associação dos Profissionais de Investimento do
Mercado de Capitais).
Para Bandeira, a "volatilidade vai prosseguir no mercado".
"Dessa forma, é muito complicado começar a fazer previsões
sobre quantos pontos a Bolsa
pode atingir até o fim do ano."
O setor bancário, alvo do pacote de socorro, foi destaque
em Wall Street. As ações do
Morgan Stanley dispararam
9,32%, seguidas por JPMorgan
Chase (7,31%) e Bank of America (3,93%). Sempre antenadas
com o exterior, as ações dos
maiores bancos brasileiros
também fecharam com ganhos:
os papéis units do Unibanco subiram 4,66%; Itaú PN se apreciou 4,02%; Bradesco PN,
3,09%; e Banco do Brasil ON teve alta de 2,70%.
Para o resultado do índice
Ibovespa ontem, foi fundamental o ganho dos papéis da Petrobras, que encerraram com valorizações de 4,58% (ON) e 4,52%
(PN). Na quarta-feira, a estatal
anunciou a descoberta de um
reservatório de gás natural e
petróleo no campo de Júpiter,
na bacia de Santos.
O dia de alta do petróleo também ajudou as ações da Petrobras a operarem com apreciação durante todo o pregão. Em
Nova York, o petróleo fechou a
US$ 108,02 (alta de 2,17%).
Entre as grandes companhias, destaque para Usiminas
PNA (alta de 6,3%), Vale PNA
(4,9%) e Gerdau ON (4,5%).
Na BM&F, a pressão sobre as
taxas futuras de juros diminuiu, especialmente nos papéis
com prazos mais longos. No
contrato DI com resgate para
janeiro de 2010, a taxa recuou
de 14,81% para 14,72%.
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