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Conde diz que Furnas pode ir à Justiça por usina de Jirau
Presidente de estatal deixa cargo, com problema de saúde
ELVIRA LOBATO
DA SUCURSAL DO RIO
O presidente de Furnas Centrais Elétricas, Luiz Paulo Conde, disse ontem que a estatal
pode ir à Justiça pedir a anulação da concorrência da hidrelétrica de Jirau, caso a Aneel
(Agência Nacional de Energia
Elétrica) aprove as mudanças
no projeto feitas pelo consórcio
vencedor da licitação.
Conde está demissionário.
Anteontem, entregou o cargo
ao ministro de Minas e Energia,
Edison Lobão. Mas disse que
seu sucessor, o engenheiro Carlos Nadalutti Filho, superintendente de operações da empresa, deve dar seqüência a tal
decisão. "Não se pode modificar o edital na véspera, mudando o eixo da obra em 12,5 km",
declarou.
A licitação da usina de Jirau,
no rio Madeira (Rondônia), foi
concluída em maio. O Consórcio Energia Sustentável do Brasil venceu o Consórcio Jirau
Energia. A polêmica começou
após o grupo vencedor anunciar que faria um deslocamento
de 9 km do local de construção
da obra. Segundo Furnas, a mudança é de 12,5 km e estaria em
desacordo com o edital.
A Aneel limitou-se a dizer
que ainda analisa o projeto técnico apresentado pelo consórcio vencedor.
Indicado pelo PMDB, Conde
deixa o cargo após um ano de
gestão conturbada. Ele alegou
não ter condição física para fazer os deslocamentos que a
função exige. Operado de um
câncer ano passado, movimenta-se em cadeira de rodas, com
ajuda de muletas ou amparado
por auxiliares.
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