São Paulo, sexta-feira, 26 de setembro de 2008

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Conde diz que Furnas pode ir à Justiça por usina de Jirau

Presidente de estatal deixa cargo, com problema de saúde

ELVIRA LOBATO
DA SUCURSAL DO RIO

O presidente de Furnas Centrais Elétricas, Luiz Paulo Conde, disse ontem que a estatal pode ir à Justiça pedir a anulação da concorrência da hidrelétrica de Jirau, caso a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprove as mudanças no projeto feitas pelo consórcio vencedor da licitação.
Conde está demissionário. Anteontem, entregou o cargo ao ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Mas disse que seu sucessor, o engenheiro Carlos Nadalutti Filho, superintendente de operações da empresa, deve dar seqüência a tal decisão. "Não se pode modificar o edital na véspera, mudando o eixo da obra em 12,5 km", declarou.
A licitação da usina de Jirau, no rio Madeira (Rondônia), foi concluída em maio. O Consórcio Energia Sustentável do Brasil venceu o Consórcio Jirau Energia. A polêmica começou após o grupo vencedor anunciar que faria um deslocamento de 9 km do local de construção da obra. Segundo Furnas, a mudança é de 12,5 km e estaria em desacordo com o edital.
A Aneel limitou-se a dizer que ainda analisa o projeto técnico apresentado pelo consórcio vencedor.
Indicado pelo PMDB, Conde deixa o cargo após um ano de gestão conturbada. Ele alegou não ter condição física para fazer os deslocamentos que a função exige. Operado de um câncer ano passado, movimenta-se em cadeira de rodas, com ajuda de muletas ou amparado por auxiliares.


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