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TURISMO
Despesas somam US$ 199 mi em setembro; queda sobre agosto é de 22,9%
Terror e dólar fazem gasto
de brasileiro lá fora cair 41%
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os atentados terroristas ocorridos nos Estados Unidos e a alta do
dólar provocaram forte queda
nos gastos de turistas brasileiros
no exterior, segundo dados do
Banco Central. No mês passado,
essas despesas somaram US$ 199
milhões, queda de 22,9% em relação ao resultado de agosto.
Nem mesmo a alta do dólar incentivou os turistas estrangeiros a
gastar mais em suas viagens ao
Brasil. No mês passado, esses gastos foram de US$ 121 milhões, número 10% inferior ao de agosto.
Com isso, a conta de viagens internacionais -gastos de turistas
estrangeiros no país menos as
despesas de brasileiros no exterior- registrou um déficit de
US$ 78 milhões em setembro. Até
ontem, o déficit acumulado em
outubro estava em US$ 56 milhões.
Se comparados com os números do mesmo período do ano
passado, a queda é ainda maior.
Os gastos de brasileiros no exterior caíram 41,6% entre setembro
deste ano e o mesmo mês de 2000.
De acordo com o chefe do Departamento Econômico do Banco
Central, Altamir Lopes, a queda
nos gastos com turismo internacional já era esperada, por causa,
principalmente, da alta do dólar.
O problema foi agravado pelos
atentados ocorridos em 11 de setembro.
Para este ano, o BC estima que a
conta de turismo internacional vá
fechar o ano com um déficit de
US$ 1,4 bilhão. Entre janeiro e setembro, o déficit acumulado foi
de US$ 1,24 bilhão.
No final do ano passado, o BC
previa que o déficit chegasse a
US$ 2,4 bilhões. A inesperada alta
do dólar fez a instituição rever para baixo essa projeção. Para 2002,
a estimativa é que se repita o déficit de US$ 1,4 bilhão esperado para este ano. Em 2000, o déficit na
conta turismo ficou em US$ 2,084
bilhões.
O BC conta com a redução dos
gastos dos turistas brasileiros no
exterior para ajudar a equilibrar
as contas externas do país. Essas
despesas têm o mesmo efeito de
uma remessa de dólares para o
exterior, o que prejudica a situação do balanço de pagamentos.
No passado, o governo chegou a
impor restrições aos gastos dos
brasileiros com viagens internacionais -como limites aos gastos
no exterior, taxas de câmbio diferenciadas-, numa tentativa de
conter a saída de dólares.
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