São Paulo, sexta-feira, 26 de outubro de 2001

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ENERGIA

Será feito repasse integral de custo "não-gerenciável"

Reajuste de tarifa da Light deve ser maior do que o pedido pela empresa

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os reajustes da Light e da Cerj serão afetados pela nova fórmula criada pelo governo para repasse de parte dos custos das distribuidoras para as tarifas que não eram pagos pelos consumidores. No caso da Light, o reajuste previsto para novembro deve ser superior aos 21,7% pedidos pela empresa.
O novo sistema, divulgado ontem pelo governo, deve elevar todos os reajustes de energia que ainda serão concedidos neste ano e em 2002. Isso acontece porque a alta desses custos -chamados "não-gerenciáveis" ou "parcela A"- será repassada integralmente para as tarifas cobradas do consumidor, que hoje paga apenas parte dessa alta.
O governo também autorizou as distribuidoras a corrigir parte desses custos pela taxa Selic, hoje em 19% ao ano. Estão nessa situação os custos que não podem ser repassados para o consumidor no reajuste contratual e que serão incluídos numa conta de compensação.
As distribuidoras pedem repasse integral desses custos desde o ano passado, mas a Aneel sempre negou o pedido. Ontem, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, José Guilherme Reis, disse que a medida foi adotada para "estimular investimentos [privados" no setor".

Energia extra
O Nordeste terá 398 MW de energia emergencial para ser usada nas primeiras semanas de janeiro. O primeiro lote virá de 25 usinas termelétricas que devem entrar em funcionamento em 90 dias. O segundo lote terá 157 MW de nove usinas, que começarão a gerar em até 150 dias. O custo de geração é bem mais alto e terá impacto nas tarifas ao longo de 2002.
Ontem, os secretários de energia dos Estados do Nordeste apresentaram propostas alternativas a feriados extras e horário de verão. Nas próximas semanas, o governo define como fica o horário de verão na região e se excluirá alguns Estados dos feriados extras.



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