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ENERGIA
Será feito repasse integral de custo "não-gerenciável"
Reajuste de tarifa da Light deve ser maior do que o pedido pela empresa
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os reajustes da Light e da Cerj
serão afetados pela nova fórmula
criada pelo governo para repasse
de parte dos custos das distribuidoras para as tarifas que não eram
pagos pelos consumidores. No
caso da Light, o reajuste previsto
para novembro deve ser superior
aos 21,7% pedidos pela empresa.
O novo sistema, divulgado ontem pelo governo, deve elevar todos os reajustes de energia que
ainda serão concedidos neste ano
e em 2002. Isso acontece porque a
alta desses custos -chamados
"não-gerenciáveis" ou "parcela
A"- será repassada integralmente para as tarifas cobradas do
consumidor, que hoje paga apenas parte dessa alta.
O governo também autorizou
as distribuidoras a corrigir parte
desses custos pela taxa Selic, hoje
em 19% ao ano. Estão nessa situação os custos que não podem ser
repassados para o consumidor no
reajuste contratual e que serão incluídos numa conta de compensação.
As distribuidoras pedem repasse integral desses custos desde o
ano passado, mas a Aneel sempre
negou o pedido. Ontem, o secretário de Política Econômica do
Ministério da Fazenda, José Guilherme Reis, disse que a medida
foi adotada para "estimular investimentos [privados" no setor".
Energia extra
O Nordeste terá 398 MW de
energia emergencial para ser usada nas primeiras semanas de janeiro. O primeiro lote virá de 25
usinas termelétricas que devem
entrar em funcionamento em 90
dias. O segundo lote terá 157 MW
de nove usinas, que começarão a
gerar em até 150 dias. O custo de
geração é bem mais alto e terá impacto nas tarifas ao longo de 2002.
Ontem, os secretários de energia dos Estados do Nordeste apresentaram propostas alternativas a
feriados extras e horário de verão.
Nas próximas semanas, o governo define como fica o horário de
verão na região e se excluirá alguns Estados dos feriados extras.
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