LEONARDO SOUZA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Banco Central prevê que a taxa cambial deve se estabilizar nos próximos meses e que, dado o desaquecimento da economia, o grau de repasse da alta do dólar para os preços seria pequeno.
Nesse cenário, a inflação convergiria para algo bem próximo da meta central prevista para 2002 (3,5%), apesar de ficar um pouco acima do limite superior fixado para este ano (6%).
Foi com base nessas conclusões, que constam da ata da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) da semana passada, que a diretoria do BC decidiu manter os juros básicos em 19% ao ano neste mês.
O BC admite que há riscos de o real desvalorizar-se mais em relação ao dólar nos próximos meses, devido às incertezas que pairam sobre as economias americana, argentina e mundial. No entanto, a instituição avalia que a tendência é de estabilização da taxa de câmbio.
Isso ocorreria por dois motivos. O primeiro seriam as medidas recentemente adotadas pelo BC para diminuir a capacidade dos bancos para aplicar (ou especular) com o dólar. O segundo inclui, basicamente, a melhora na balança comercial e a redução do déficit em conta corrente no ano que vem.


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