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Dólar alto melhora conta externa
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A alta do dólar e a desaceleração
da economia fizeram com que as
contas externas do país registrassem, no mês passado, o melhor
resultado desde janeiro de 1997. O
déficit em transações correntes
-principal indicador da dependência externa de um país- ficou em US$ 904 milhões, queda
de 20% em relação a agosto.
A conta de transações correntes
é composta pela soma da balança
comercial, da balança de serviços
e das transferências unilaterais
(veja quadro nesta página).
No mês passado, o déficit em
transações correntes se reduziu
graças ao bom desempenho da
balança comercial. A alta do dólar
e a retração da economia provocaram queda de 17,54% nas importações, na comparação com
setembro de 2000. As exportações, por outro lado, registraram
ligeiro crescimento de 0,7%.
De janeiro a setembro, o dólar
subiu 36,6%. Por causa do câmbio, os produtos importados ficam mais caros em reais. Além
disso, a desaceleração faz as empresas importarem menos matérias-primas e equipamentos.
Apesar do bom resultado de setembro, o déficit em transações
correntes segue alto se comparado ao PIB (Produto Interno Bruto). O déficit acumulado nos últimos 12 meses representa 4,99%
das riquezas produzidas no país.
É comum nas economias emergentes um déficit em transações
correntes. A maioria dos economistas, porém, diz que ele não deveria ultrapassar os 4% do PIB, o
que deixaria o país muito dependente do capital externo.
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