São Paulo, sexta-feira, 26 de outubro de 2001

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Dólar alto melhora conta externa

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A alta do dólar e a desaceleração da economia fizeram com que as contas externas do país registrassem, no mês passado, o melhor resultado desde janeiro de 1997. O déficit em transações correntes -principal indicador da dependência externa de um país- ficou em US$ 904 milhões, queda de 20% em relação a agosto.
A conta de transações correntes é composta pela soma da balança comercial, da balança de serviços e das transferências unilaterais (veja quadro nesta página).
No mês passado, o déficit em transações correntes se reduziu graças ao bom desempenho da balança comercial. A alta do dólar e a retração da economia provocaram queda de 17,54% nas importações, na comparação com setembro de 2000. As exportações, por outro lado, registraram ligeiro crescimento de 0,7%.
De janeiro a setembro, o dólar subiu 36,6%. Por causa do câmbio, os produtos importados ficam mais caros em reais. Além disso, a desaceleração faz as empresas importarem menos matérias-primas e equipamentos.
Apesar do bom resultado de setembro, o déficit em transações correntes segue alto se comparado ao PIB (Produto Interno Bruto). O déficit acumulado nos últimos 12 meses representa 4,99% das riquezas produzidas no país.
É comum nas economias emergentes um déficit em transações correntes. A maioria dos economistas, porém, diz que ele não deveria ultrapassar os 4% do PIB, o que deixaria o país muito dependente do capital externo.


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