São Paulo, sábado, 26 de outubro de 2002

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PROTECIONISMO

Tarifa européia sobe

Pratini propõe reação à UE no caso do frango

DA SUCURSAL DO RIO

O ministro da Agricultura, Marcus Vinicius Pratini de Moraes, defendeu ontem que o Brasil tome uma posição dura em relação à decisão da UE (União Européia) de aumentar de 15% para 75% a tarifa de importação do frango brasileiro. A nova tarifa entra em vigor na próxima segunda-feira.
Ele propôs que, se a decisão não for modificada por meio de negociação, o Brasil, em represália, corte importações de produtos europeus no mesmo valor das perdas que o país terá com a suspensão das vendas de frango.
Segundo o ministro, a UE é atualmente o maior mercado para o frango brasileiro, com compras anuais de aproximadamente US$ 400 milhões.
"Foi uma medida eminentemente protecionista. É um absurdo que a União Européia fale em negociações com o Brasil e tome uma medida dessas", afirmou.
A decisão européia foi tomada por meio de uma mudança na classificação de produtos importados que, com base no teor de sal, retirou o frango brasileiro da categoria dos produtos primários.
De acordo com Pratini de Moraes, a mudança na classificação praticamente inviabiliza a continuação das vendas de frango para os países da UE, que vem negociando um acordo de integração econômica com os integrantes do Mercosul.
O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Eleazar de Carvalho Filho, disse ontem que o novo fundo de aval destinado a aumentar as garantias para os financiamentos às exportações das pequenas e médias empresas, anunciado anteontem pelo ministro do Desenvolvimento, Sérgio Amaral, deverá em quatro anos acumular uma disponibilidade de R$ 600 milhões.
A criação do fundo deverá ser formalizada na segunda-feira pela diretoria do banco estatal. O BB (Banco do Brasil) será parceiro do BNDES no lançamento do fundo.


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