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MERCADO FINANCEIRO
Índice do JP Morgan recua 9,6% na semana e 26,3% no mês e atinge menor nível desde 16 de setembro
Risco-país cai mais 3% e fecha a 1.765 pontos
DA REPORTAGEM LOCAL
O risco-país brasileiro recuou
mais 3,34% ontem e encerrou o
dia a 1.765 pontos.
Nesta semana, o indicador calculado pelo banco JP Morgan registrou recuo de 9,6%. No mês, a
baixa está em 26,37%.
Em seu quarto dia consecutivo
de queda, o risco Brasil é o menor
desde 16 de setembro.
O melhor desempenho do índice reflete uma maior tranquilidade do investidor estrangeiro em
relação a um provável governo de
oposição no país.
Declarações vindas de membros do PT, em particular relacionadas ao comprometimento com
o ajuste fiscal, agradaram aos investidores.
O C-Bond, principal título da
dívida externa brasileira negociado no exterior, subiu 2,3%, cotado a US$ 0,5818.
A alta dos títulos brasileiros tem
impacto direto no desempenho to
do risco-país.
O C-Bond é a base para o cálculo da taxa. O risco-país mede a
confiança que os investidores internacionais têm na capacidade
de um país em honrar as suas dívidas.
Quanto mais alto ele for, maior
será a percepção de que o país poderá dar calote. E, quanto maior a
percepção de calote, maiores os
juros que o país terá de oferecer
para convencer os investidores a
comprar seus títulos -é um prêmio pelo risco.
A base para o cálculo são os papéis do Tesouro dos EUA, considerados de risco zero.
Mercado futuro
As projeções para os juros futuros fecharam próximas à estabilidade, na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros).
O mercado se acalmou após a
manutenção dos juros básicos da
economia em 21% ao ano, anunciada pelo Banco Central na quarta-feira.
Os contratos para janeiro de
2003, que concentram o maior
número de negócios e servem de
referência para o mercado, passaram de 22,97% para 22,93%.
Pelo fato de ontem ter sido a
sexta-feira anterior às eleições
preferenciais, o volume de negócios com esses papéis caiu cerca
de 41%.
Na quinta-feira, foram realizadas 232,8 mil operações com os
contratos para janeiro do ano que
vem. Ontem foram 135,7 mil negócios. No curto prazo, os contratos para novembro fecharam a
21,01%, ante 20,99%.
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