São Paulo, sábado, 26 de outubro de 2002

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MERCADO FINANCEIRO

Índice do JP Morgan recua 9,6% na semana e 26,3% no mês e atinge menor nível desde 16 de setembro

Risco-país cai mais 3% e fecha a 1.765 pontos

DA REPORTAGEM LOCAL

O risco-país brasileiro recuou mais 3,34% ontem e encerrou o dia a 1.765 pontos.
Nesta semana, o indicador calculado pelo banco JP Morgan registrou recuo de 9,6%. No mês, a baixa está em 26,37%.
Em seu quarto dia consecutivo de queda, o risco Brasil é o menor desde 16 de setembro.
O melhor desempenho do índice reflete uma maior tranquilidade do investidor estrangeiro em relação a um provável governo de oposição no país.
Declarações vindas de membros do PT, em particular relacionadas ao comprometimento com o ajuste fiscal, agradaram aos investidores.
O C-Bond, principal título da dívida externa brasileira negociado no exterior, subiu 2,3%, cotado a US$ 0,5818.
A alta dos títulos brasileiros tem impacto direto no desempenho to do risco-país.
O C-Bond é a base para o cálculo da taxa. O risco-país mede a confiança que os investidores internacionais têm na capacidade de um país em honrar as suas dívidas.
Quanto mais alto ele for, maior será a percepção de que o país poderá dar calote. E, quanto maior a percepção de calote, maiores os juros que o país terá de oferecer para convencer os investidores a comprar seus títulos -é um prêmio pelo risco.
A base para o cálculo são os papéis do Tesouro dos EUA, considerados de risco zero.

Mercado futuro
As projeções para os juros futuros fecharam próximas à estabilidade, na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros).
O mercado se acalmou após a manutenção dos juros básicos da economia em 21% ao ano, anunciada pelo Banco Central na quarta-feira.
Os contratos para janeiro de 2003, que concentram o maior número de negócios e servem de referência para o mercado, passaram de 22,97% para 22,93%.
Pelo fato de ontem ter sido a sexta-feira anterior às eleições preferenciais, o volume de negócios com esses papéis caiu cerca de 41%.
Na quinta-feira, foram realizadas 232,8 mil operações com os contratos para janeiro do ano que vem. Ontem foram 135,7 mil negócios. No curto prazo, os contratos para novembro fecharam a 21,01%, ante 20,99%.


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