São Paulo, terça-feira, 26 de outubro de 2004

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AÇO

Negócio entre Mittal Steel e International Steel Group gera empresa com produção de 70 milhões de toneladas por ano

Fusão cria a maior siderúrgica do mundo

DA REDAÇÃO

O magnata indiano Lakshmi Mittal anunciou ontem acordo para a formação do maior conglomerado siderúrgico do mundo. O acordo inclui a compra da International Steel Group por US$ 4,5 bilhões. A empresa, somada a outros empreendimentos do indiano, ultrapassa a atual líder do setor, a Arcelor.
A nova companhia, a ser chamada Mittal Steel, será criada com a fusão de duas empresas de Mittal com o International Steel Group. O valor combinado das empresas ultrapassa os US$ 17 bilhões.
O negócio ocorre apenas um ano depois de as empresas do setor enfrentarem graves crises financeiras, até com pedidos de falência. A reviravolta no setor é atribuída basicamente ao crescimento da demanda de países como a China, a Índia e os Estados Unidos.
A venda é uma derrota para o presidente da ISG, Wilbor Ross, que construiu a empresa com a compra de outras siderúrgicas endividadas, como a Bethlehen Steel, por preços baixos.
A Mittal Steel, que tem negócios na Europa, na África, na Ásia e nos EUA, dá um caráter internacional ao setor siderúrgico, dominado por corporações regionais.
Para analistas, outros acordos como esse são necessários para tornar o mercado siderúrgico nos EUA mais saudável. "Os negócios tornam o mercado mais racional, após a série de falências dos anos 90", disse Brian Rayle, analista da Midwest Research, de Cleveland.
Como parte do acordo de compra, a base holandesa da empresa de Mittal, cuja participação acionária do empresário indiano chega a 77%, irá comprar outra empresa da família com a emissão de US$ 13,3 bilhões em ações da nova companhia.
Para os acionistas da International Steel Group, o grupo Mittal irá pagar US$ 42 por ação da empresa, uma das maiores da América do Norte.

Bilionário
Mittal é um indiano bilionário que vive na Inglaterra e é considerado o homem mais rico do país. Ele criou seu império com a compra de várias siderúrgicas deficitárias e hoje é dono de ativos na África do Sul, na Polônia e na Indonésia. A capacidade da nova empresa chegará a 70 milhões de toneladas por ano.


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