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AÇO
Negócio entre Mittal Steel e International Steel Group gera empresa com produção de 70 milhões de toneladas por ano
Fusão cria a maior siderúrgica do mundo
DA REDAÇÃO
O magnata indiano Lakshmi
Mittal anunciou ontem acordo
para a formação do maior conglomerado siderúrgico do mundo. O
acordo inclui a compra da International Steel Group por US$ 4,5
bilhões. A empresa, somada a outros empreendimentos do indiano, ultrapassa a atual líder do setor, a Arcelor.
A nova companhia, a ser chamada Mittal Steel, será criada
com a fusão de duas empresas de
Mittal com o International Steel
Group. O valor combinado das
empresas ultrapassa os US$ 17 bilhões.
O negócio ocorre apenas um
ano depois de as empresas do setor enfrentarem graves crises financeiras, até com pedidos de falência. A reviravolta no setor é
atribuída basicamente ao crescimento da demanda de países como a China, a Índia e os Estados
Unidos.
A venda é uma derrota para o
presidente da ISG, Wilbor Ross,
que construiu a empresa com a
compra de outras siderúrgicas endividadas, como a Bethlehen
Steel, por preços baixos.
A Mittal Steel, que tem negócios
na Europa, na África, na Ásia e
nos EUA, dá um caráter internacional ao setor siderúrgico, dominado por corporações regionais.
Para analistas, outros acordos
como esse são necessários para
tornar o mercado siderúrgico nos
EUA mais saudável. "Os negócios
tornam o mercado mais racional,
após a série de falências dos anos
90", disse Brian Rayle, analista da
Midwest Research, de Cleveland.
Como parte do acordo de compra, a base holandesa da empresa
de Mittal, cuja participação acionária do empresário indiano chega a 77%, irá comprar outra empresa da família com a emissão de
US$ 13,3 bilhões em ações da nova
companhia.
Para os acionistas da International Steel Group, o grupo Mittal irá
pagar US$ 42 por ação da empresa, uma das maiores da América
do Norte.
Bilionário
Mittal é um indiano bilionário
que vive na Inglaterra e é considerado o homem mais rico do país.
Ele criou seu império com a compra de várias siderúrgicas deficitárias e hoje é dono de ativos na
África do Sul, na Polônia e na Indonésia. A capacidade da nova
empresa chegará a 70 milhões de
toneladas por ano.
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