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TELES
Serviço é para clientes residenciais
BrT terá telefonia via internet no fim do ano
JANAÍNA LEITE
ENVIADA ESPECIAL A FLORIANÓPOLIS
A BrT (Brasil Telecom) anunciou ontem que até o final do ano
vai lançar um serviço de telefonia
por meio da internet (VoIP, tecnologia de voz sobre IP) para seus
assinantes residenciais. A empresa será a primeira operadora de
telefonia fixa do país a ofertar esse
tipo de produto para o cliente final. O anúncio foi feito pelo presidente da BrT, Ricardo Knopfelmacher, durante sua participação
no Futurecom, em Florianópolis.
Ricardo K., como é conhecido o
executivo, adiantou ainda que a
BrT venderá celulares a R$ 99 nas
promoções de Natal. Ele, no entanto, recusou-se a falar em números. Não quis falar o valor total
dos investimentos em VoIP nem
as expectativas quanto ao desempenho nas vendas de dezembro.
Segundo ele, outro ponto operacional que será revisto para novos clientes será o modelo "pula-pula" da BrT GSM, braço de telefonia celular da empresa.
O anúncio da BrT é a face mais
visível de uma das disputas mais
acirradas da Futurecom, maior
feira de telecomunicações da
América Latina. Com bilhões no
caixa, as grandes operadoras fazem movimentos defensivos para
impedir o avanço do VoIP. Ao
mesmo tempo, querem manter
um pé nesse barco, que, ao que tudo indica, deve navegar bem.
O lado menos conhecido vem
de operadoras menores cujo foco
são os serviços de telefonia por internet. Sem estandes ou grandes
equipes, elas lançaram mão do
marketing de guerrilha. Interceptam com sucesso transeuntes do
Futurecom para explicar seu plano de negócios. Exemplo é a Hip
Telecom, que tem licença para
oferecer ligações por meio de
banda larga em todo o país.
A empresa lançou ontem o pacote Hip Net São Paulo Ilimitado,
que prevê o pagamento mensal de
R$ 99 em troca de quantas chamadas locais o cliente quiser. O
sistema é diferente do Skype, porque o usuário não precisa ficar
com o computador ligado e dá direito a cem minutos adicionais de
conversação para fora da cidade
de origem e ainda outros países.
O público-alvo são pessoas que
usam muito o telefone, internautas e pequenos empresários. A favor, o argumento é que as ligações
ficam até 70% mais baratas e livres do pagamento de assinaturas. Contra, que as queixas serão
"endereçadas ao bispo" -pela legislação atual, não está claro
quem cuida do assunto.
No Brasil, estima-se a existência
de 9 milhões de usuários da internet por meio de banda larga. Desses, 10% deverão usar serviços de
telefonia IP até 2008. A Hip quer
40% desses 900 mil clientes.
Os EUA vivem situação semelhante. A AT&T lançou um serviço "defensivo" VoIP. Segundo especialistas do setor, é dona de
uma fatia de 5% desse tipo de
mercado. A Vonage, especializada em telefonia IP, atende entre
90% e 95% do total de usuários.
A jornalista Janaína Leite viaja a
Florianópolis a convite do Futurecom
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