São Paulo, quarta-feira, 26 de outubro de 2005

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AVIAÇÃO

Empresa, que hoje atua com fretamento, também terá linhas para a Europa

BRA fará vôos regulares de Congonhas

BRUNO LIMA
DA REPORTAGEM LOCAL

A companhia de vôos fretados BRA vai estrear como empresa aérea regular em 21 de novembro deste ano -já operando no mais importante aeroporto do país, o de Congonhas, em São Paulo.
A empresa, que já opera cinco fretamentos semanais para a Europa, também revelou à Folha já ter autorização para fazer vôos internacionais regulares para Portugal (Lisboa) e Espanha (Madri). O início das operações está previsto para março de 2006.
De Congonhas, a BRA anunciou que voará para Brasília, Goiânia, Rio (Galeão), Salvador, Recife, Curitiba, Porto Alegre e Belo Horizonte. Dos 20 "slots" (espaços para operar em aeroportos muito concorridos) pleiteados inicialmente em Congonhas pela empresa no DAC (Departamento de Aviação Civil), segundo Humberto Folegatti, presidente da companhia, "apenas uma pequena parte" não foi aprovada, mas a empresa ainda tem esperanças de convencer o órgão regulador.
Folegatti assume que, em Guarulhos (São Paulo), a BRA tem praticado preços que não cobrem seus custos para enfrentar as concorrentes. O empresário se diz "solidário à WebJet" -que chegou a decidir ficar três dias sem voar por falta de clientes- no que se refere à luta contra as grandes companhias para sobreviver.
"Um país com tão poucos vôos como o Brasil não deveria criar dificuldades. A reserva de mercado tem de acabar", afirma.
A rentabilidade da empresa deve ser maior em Congonhas. "As concorrentes não vão conseguir praticar os preços mais baixos que teremos", afirma ele.

Reajuste nas passagens
As principais companhias aéreas do país aumentaram as passagens em 3,3% nas suas rotas domésticas. No caso da ponte aérea Rio-São Paulo, o reajuste realizado foi de 15% na TAM e na Varig (para vôos sem reserva e sem horário marcado). Segundo as empresas, como a ponte opera com tarifas promocionais, as variações nos preços são diferentes. Na Gol, o aumento nas passagens da ponte aérea foi o mesmo realizado nas demais rotas -3,3%.
Com o aumento desta semana, o terceiro em menos de três meses, o reajuste acumulado é de cerca de 30%. De acordo com as empresas, o reajuste foi necessário em razão do aumento do combustível usado pelos aviões. O querosene de aviação já aumentou 56,3% neste ano.


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