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Desemprego tem menor taxa do ano
Índice recua a 9% a setembro; IBGE atribui resultado ao aumento de contratações em São Paulo
Para analista, indústria puxa criação de vagas, em
razão da demanda do fim de
ano; renda cresce 0,3%,
após três meses de queda
JANAINA LAGE
DA SUCURSAL DO RIO
A taxa de desemprego das
seis principais regiões metropolitanas recuou para 9% em
setembro, o menor patamar registrado neste ano, mas ainda
acima dos 8,4% apurados em dezembro do ano passado. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o resultado reflete a maior
absorção de pessoas no mercado de trabalho.
"São Paulo concentrou grande parte do contingente de pessoas que entraram no mercado
de trabalho em setembro. O Estado foi um dos principais responsáveis pelo comportamento do indicador", disse. No mês passado, houve um aumento de
201 mil pessoas na população
ocupada. Desse total, 144 mil
foram empregadas na região.
Segundo Fábio Romão, da
LCA Consultores, o aumento
das contratações em São Paulo
está ligado ao crescimento industrial. Parte da criação dessas vagas ocorre por conta das
contratações para a entrega de
encomendas no fim do ano.
Em setembro, houve um aumento de 4% no número de
pessoas ocupadas na indústria
de São Paulo, o que representa
um acréscimo de 72 mil pessoas. Nas atividades de educação, saúde e administração pública em São Paulo, o aumento foi de 4,3%, equivalente a mais
de 53 mil pessoas.
Na comparação com agosto,
a taxa de desemprego nas seis
principais regiões metropolitanas recuou 0,5 ponto percentual. Em setembro do ano passado, o desemprego era de 10%. Para o Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento
Industrial), o resultado de setembro pode ser considerado
positivo, mas não mostra uma
"melhora extraordinária" do
quadro de emprego urbano do
país. "É reflexo muito mais de
um fenômeno sazonal dessa
época do ano, associado à proximidade do maior nível de atividades próprio de fim de ano."
Na avaliação de Romão, com
a percepção de melhora no
mercado de trabalho e a criação
de mais empregos com carteira
assinada, houve um crescimento no número de pessoas em
busca de trabalho nos últimos
meses. Em setembro, houve
um aumento de 1,1% na ocupação e de 0,3% na população
economicamente ativa, que
mede o volume de oferta de trabalho. "Agora, o mercado de
trabalho está conseguindo absorver num ritmo mais acelerado", disse.
Nos primeiros nove meses do
ano, a taxa média de desemprego ficou em 9,7%, o menor patamar desde o início da série
histórica, em 2002. O IBGE estima que a média de desemprego do ano também será a menor
da série.
O rendimento médio real teve alta de 0,3% na comparação
com agosto e ficou em R$ 1.115,
após três meses seguidos de
queda. O desempenho é considerado estável pelo IBGE. Em
relação a setembro de 2006, a
alta foi de 2,5%.
O IBGE atribuiu o ritmo lento de expansão do rendimento
ao comércio, que teve queda de
2% em relação a agosto.
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