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China cresce 11,5% e deve ultrapassar a Alemanha
País ruma ao posto de 3ª maior economia global
CLÁUDIA TREVISAN
DA REPORTAGEM LOCAL
A China cresceu 11,5% nos
nove primeiros meses de 2007
e deverá desbancar a Alemanha
do posto de 3ª maior economia
do mundo entre o fim deste ano
e o início do próximo. Acima
dela, só estarão Japão e EUA.
O ritmo de expansão é o
maior desde 1994 (13,1%) e desafia as medidas de contenção
adotadas neste ano -cinco elevações dos juros e oito aumentos na quantidade de dinheiro
que os bancos têm de deixar
imobilizada no banco central.
Até dezembro de 2005, a
China ocupava o sétimo lugar
entre os maiores PIBs do mundo. Ultrapassou a Itália depois
que uma revisão das contas nacionais revelou que sua economia era 16,8% maior do que se
imaginava. No ano seguinte,
deixou para trás França e Reino
Unido e, em 2007, deverá desbancar a Alemanha.
A EIU (Economist Intelligence Unit) prevê que a China
será a terceira maior economia
do mundo antes do fim do ano.
A estimativa do FMI (Fundo
Monetário Internacional) para
2007 mantém o país asiático
em quarto lugar, com PIB de
US$ 3,25 trilhões. Mas o valor é
quase um empate técnico em
relação aos US$ 3,26 trilhões
previstos para a Alemanha.
O ranking do FMI de 2008 já
coloca a China em um indiscutível terceiro lugar, com PIB de
US$ 3,71 trilhões, US$ 300 bilhões acima do previsto para a
maior economia da Europa.
O crescimento no terceiro
trimestre foi de 11,5%, pouco
abaixo dos 11,9% do trimestre
anterior, mas acima dos 11,1%
do primeiro trimestre.
O investimento continua a
ser o principal motor da expansão chinesa. Nos primeiros nove meses do ano, houve aumento de 25,7% no volume de recursos destinados à compra ou
à construção de ativos fixos
-aquisição de máquinas e
equipamentos, construção de
fábricas e edifícios ou abertura
de rodovias.
Segundo o porta-voz do instituto de estatísticas, Li Xiaochao, a expansão nos investimentos respondeu por 41,6%
do crescimento em 2007.
A inflação cedeu um pouco
em setembro, para 6,2%, comparados a 6,5% no mês anterior. No ano, está em 4,1%, acima da meta oficial de 3%.
O governo manifesta preocupação com o elevado ritmo de
expansão do país desde o segundo semestre de 2003, quando começou a falar do risco de
superaquecimento. Apesar disso, o crescimento se acelerou.
Ontem, Li Xiaochao repetiu o
discurso oficial de que os desequilíbrios persistem, mas que a
situação está sob controle. Entre os problemas, citou o acelerado crescimento, o aumento
de preços, o alto consumo de
energia e a poluição.
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