São Paulo, sexta-feira, 26 de outubro de 2007

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China cresce 11,5% e deve ultrapassar a Alemanha

País ruma ao posto de 3ª maior economia global

CLÁUDIA TREVISAN
DA REPORTAGEM LOCAL

A China cresceu 11,5% nos nove primeiros meses de 2007 e deverá desbancar a Alemanha do posto de 3ª maior economia do mundo entre o fim deste ano e o início do próximo. Acima dela, só estarão Japão e EUA.
O ritmo de expansão é o maior desde 1994 (13,1%) e desafia as medidas de contenção adotadas neste ano -cinco elevações dos juros e oito aumentos na quantidade de dinheiro que os bancos têm de deixar imobilizada no banco central.
Até dezembro de 2005, a China ocupava o sétimo lugar entre os maiores PIBs do mundo. Ultrapassou a Itália depois que uma revisão das contas nacionais revelou que sua economia era 16,8% maior do que se imaginava. No ano seguinte, deixou para trás França e Reino Unido e, em 2007, deverá desbancar a Alemanha.
A EIU (Economist Intelligence Unit) prevê que a China será a terceira maior economia do mundo antes do fim do ano. A estimativa do FMI (Fundo Monetário Internacional) para 2007 mantém o país asiático em quarto lugar, com PIB de US$ 3,25 trilhões. Mas o valor é quase um empate técnico em relação aos US$ 3,26 trilhões previstos para a Alemanha.
O ranking do FMI de 2008 já coloca a China em um indiscutível terceiro lugar, com PIB de US$ 3,71 trilhões, US$ 300 bilhões acima do previsto para a maior economia da Europa.
O crescimento no terceiro trimestre foi de 11,5%, pouco abaixo dos 11,9% do trimestre anterior, mas acima dos 11,1% do primeiro trimestre.
O investimento continua a ser o principal motor da expansão chinesa. Nos primeiros nove meses do ano, houve aumento de 25,7% no volume de recursos destinados à compra ou à construção de ativos fixos -aquisição de máquinas e equipamentos, construção de fábricas e edifícios ou abertura de rodovias.
Segundo o porta-voz do instituto de estatísticas, Li Xiaochao, a expansão nos investimentos respondeu por 41,6% do crescimento em 2007.
A inflação cedeu um pouco em setembro, para 6,2%, comparados a 6,5% no mês anterior. No ano, está em 4,1%, acima da meta oficial de 3%.
O governo manifesta preocupação com o elevado ritmo de expansão do país desde o segundo semestre de 2003, quando começou a falar do risco de superaquecimento. Apesar disso, o crescimento se acelerou.
Ontem, Li Xiaochao repetiu o discurso oficial de que os desequilíbrios persistem, mas que a situação está sob controle. Entre os problemas, citou o acelerado crescimento, o aumento de preços, o alto consumo de energia e a poluição.


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