|
Próximo Texto | Índice
Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Crédito indica firme retomada do consumo
O crédito pessoal volta aos
níveis pré-crise e aponta para
um forte aquecimento, neste final de ano, do mercado de produtos da linha branca (como
geladeiras, fogões e máquinas
de lavar roupa), de eletroeletrônicos, materiais de construção e móveis.
O maior volume de crédito
concentra-se no financiamento
de carros e no crédito consignado. Dos R$ 450 bilhões movimentados pelo crédito à pessoa
física, R$ 150 bilhões são de financiamento a automóveis; R$
151 bilhões, de crédito consignado e crédito pessoal; e R$ 25
bilhões de cartão de crédito.
Só na última modalidade,
apesar da crise, a alta foi de
23%, segundo a Acrefi (Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento). "Boa parte
do CDC (crédito direto ao consumidor) migrou para o consignado", diz Adalberto Savioli,
presidente da associação.
Savioli observa um movimento de redução da inadimplência em todas as modalidades de crédito pessoal, exceto
no cheque especial, cuja taxa
subiu de 11,3% para 11,7% em
julho em relação ao período anterior. No CDC, o atraso de 90
dias nos pagamentos caiu de
15,2% para 14,8%.
A financeira Losango registra queda da taxa de inadimplência no CDC de 5,4% em
agosto de 2008 para 4,5% no
mesmo mês deste ano.
Com faturamento de R$ 200
milhões em agosto último pelas
vendas por meio de CDC na rede de comércio varejista, a modalidade oferecida pela empresa cresceu 12% em agosto deste
ano na comparação com julho.
Outro indicador da recuperação está na comparação do
crescimento das vendas por
meio de CDC no Dia das Mês
deste ano com o do ano passado, que foi de 5% em meio à crise, e o Dia dos País, já em curva
de melhoria dos negócios, que
foi de 6,5%.
Apex-Brasil assume posição de líder regional
O Brasil foi eleito para representar a Rede Ibero-Americana de Organismos
de Promoção Comercial, associação que reúne agências
de 22 países, por dois anos. A
Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), órgão ligado ao Ministério do
Desenvolvimento, assumiu a
presidência da entidade na
última sexta, no México.
A meta da Apex no comando da instituição é intensificar o comércio entre os países da América Latina e da
Península Ibérica, segundo
Mauricio Borges, diretor de
negócios da agência.
Ao assumir a presidência
da rede, o Brasil dá mais um
passo para se firmar como líder regional, afirma Borges.
"A imagem do Brasil no exterior está muito boa hoje, e os
países da região querem colar no país para também conquistar oportunidades."
A agência realizou 648
eventos de promoção do país
entre janeiro e setembro
deste ano, como missões comerciais, participações em
feiras internacionais e prospecção de mercados.
O número de empresas
atendidas pela Apex soma
cerca de 7.500. "Eles querem
apoio para se internacionalizar e buscar novos mercados", diz Borges.
SUSTENTÁVEL E BARATA
Cerca de 200 empreendimentos em todo o país terão certificado Leed, da sigla (Liderança em Energia e Design Ambiental) em inglês. A expectativa é de
Juan Quirós, presidente do Grupo Advento,
da área de construção.
Quirós, que também é
vice-presidente da
Fiesp (Federação das
Indústrias do Estado de
São Paulo), será o representante do Brasil
no Conselho da Agenda
Global para o Futuro da
Construção Sustentável, do Fórum Econômico Mundial. A primeira reunião do Conselho, que visa a identificar e monitorar as
principais questões que
afetam o setor de construção e engenharia no
cenário internacional,
será entre os dias 20 e
22 de novembro, em
Dubai, nos Emirados
Árabes. "Os prédios
"verdes", com sustentabilidade, reduzem de
24% a 50% o consumo
de energia elétrica,
além de 40% de água
potável. Fica mais barato quando se agrega tecnologia", diz Quirós.
DESMATAR MENOS GERA RECEITAS PARA O PAÍS
A redução de emissões
por desmatamento pode
render uma receita entre
US$ 8 bilhões e US$ 16 bilhões por ano para o Brasil. O cálculo é do presidente da Abemc (Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Carbono), Flávio Gazani. A associação, da qual participam grandes empresas de
energia) quer que o governo inclua os mecanismos
do Redd (Redução de
Emissões por Desmatamento e Degradação)
nas propostas do país
para a Conferência de
Copenhague, em dezembro. Para Gazani, é
importante criar mecanismos mistos de financiamento, com participação privada,
quanto de gestão pública, incluindo o Funco
Amazônia, gerido pelo
governo. "É fundamental que o Redd tenha
também a participação
do mercado", diz.
EM ALTA
A previdência privada aberta registrou em agosto captação de R$ 3,089 bilhões, segundo dados da Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida). Trata-se de um aumento de 34,35% ante o mesmo mês do ano
anterior. O volume de depósitos no sistema não atingia
crescimento percentual tão elevado no mês desde 2004.
com JOANA CUNHA e MARINA GAZZONI
Próximo Texto: Projeto eleva peso do Estado na mineração Índice
|